Certificados de Aforro subscritos em agosto de 2022 pagarão juro de 1,103%

Os Certificados de Aforro subscritos em agosto de 2022 pagarão juro de 1,103% o valor mais alto desde 2015, ou seja, o valor mais elevado desde que a atual série de certificados foi lançada em outubro de 2017.

Pela primeira vez desde 2015, a euribor a 3 meses registou valores positivos o que, somando-se ao prémio de 1% que é pago aos subscritores, no ato de subscrição, eleva a remuneração bruta dos Certificados de Aforro para os 1,103% (0,794% líquidos de IRS).

Pela evolução da Euribor a 3 meses, que fechou a 3 de agosto de 2022 nos 0,252% adivinha-se que, em breve, a remuneração dos Certificados de Aforro ultrapasse os 1,25% (0,9% líquidos).

Recorde-se que na Serie E dos Certificados de Aforro correntemente em comercialização pelo IGCP, além deste prémio de 1% que é atribuído desde o momento de subscrição até à maturidade do produto (10 anos depois da subscrição), há ainda mais dois prémios de permanência que são atribuídos progressivamente:
      – 0,5 % – do início do 2º ano ao final do 5º ano;
      – 1,0 % – do início do 6º ano ao final do 10º ano.

Somando, a partir do 6º ano um prémio total de 2,0% a que se junta o valor da Euribor a 3 meses de cada momento (sempre nunca inferior a zero).

A taxa de juro dos Certificados de Aforro têm associadas mais duas condições. Por um lado, nunca poderá ser inferior a zero e, por outro lado, nunca poderá ser superior a 4,5% (somando os prémios de permanência com a Euribor a 3 meses).

Com os bancos ainda longe de terem incentivos para remunerar os seus depósitos a prazo com taxas positivas ou minimamente atraentes e com a inflação a bater recordes de décadas, os Certificados de Aforro são das melhores opções disponíveis no mercado de baixo risco para mitigar alguma da perda de poder de compra provocada pela inflação.

Os valores mais recentes da variação média do índice de preços no consumidor ao longo dos últimos 12 meses, revelam uma inflação de 4,7%. Mesmo que a inflação venha a estabilizar, é provável que a euribor continue a aumentar e, como consequência, que os Certificados de Aforro reforcem a sua capacidade de mitigar a perda de poder de compra. Sublinhe-se que os Certificados de Aforro têm revisões trimestrais na sua taxa de juro, ajustando-se rapidamente às oscilações da Euribor a 3 meses.

Fonte: IGCP

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