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No dia em que a Deco Proteste publica mais um dos seus comparadores relativos a seguros, centrando quase exclusivamente a análise nos preços dos seguros, quem já teve um sinistro sabe que também nesta matéria, por vezes, o barato sai caro e não estamos a falar de diferenças nas coberturas.
A postura com que trata o cliente num momento de inevitável pressão e desgaste para o acidentado; a facilidade com que a seguradora admite que se accionem as cobertura contratadas; a transparência com que mantêm, ou não, o seu relaccionamento com o cliente são aspectos determinantes em que o preço não é de todo indicativo do que se poderá esperar. Por tudo isto, e porque estamos afalar de um comparativo realizado por uma associação de consumidores que também tem experiência de aferir a satisfação do cliente custa a compreender como podem difundir comparativos sem conseguirem temperá-los com os aspectos mais subjectivos (porque não monetarizados) mas que podem valer muito no momento da escolha. Veja-se por exemplo o estudo que aqui divulgámos em “Qual é a melhor companhia de seguros do mercado segundo os clientes?“.
No fundo, falta responder a quanto é que o cliente está disposto a pagar a mais para evitar chatices, sejam elas a inexistência de apoio na apresentação de soluções num momento de crise, sejam mesmo processos em tribunal ou em qualquer outra instância de apelo para reclamar o que está contratado. Como pergunta derivada, mas igualmente importante, seria importante saber se quem cobra mais pelo mesmo compensa, de facto, essa diferença com um melhor serviço. Só combinando todos estes aspectos saberemos (saberíamos) quem oferece na realidade os melhores seguros (este raciocínio é naturalmente generalizável a muitos outros tipos de serviçso prestados).
Em todo o caso, neste artigo do Diário Económico “Conhece os melhores seguros automóveis“, parece-nos que existem dicas importantes para o consumidor na sua forma como se deve relacionar com a sua seguradora e na forma como deve escolher o seu seguro. Acrescentamos “apenas” que nos parece cada vez mais importante o tal tempero entre preço e qualidade de serviço. Um desafio a que Deco Proteste, na nossa modesta opinião, não tem conseguido dar resposta em várias situações. E, mais grave, frequentemente se esquece de referir como uma lacuna reconhecida nos seus comparativos. Uma nota de salvaguarda nos seus artigos, para esse aspecto, ficava sempre bem, particularmente quando passou a contratar serviços de seguro preferenciais com uma dos operadores do mercado em favor dos seus associados.
Este tema deve ter passado pela cabeça de (quase) todos os assinantes da Proteste.
Eu fui assinante durante mais de 10 anos, mas no ano passado deixei de ser associado por duas razões:
– Cheguei à conclusão que deixou de me ser útil relativamente às várias publicações (Só tive pena por deixar de receber a Dinheiro e Direitos)
– Estava convencido, que por ser associado, quando precisasse de apoio jurídico, que seria apoiado. Um dia precisei de ajuda, num conflito comercial e ao ligar para a DECO, disseram que só faziam mediação entre as partes e que se a outra empresa não aceitasse, eu é que teria de levantar uma acção cível. A partir daí foi só decidir quando deixaria de ser associado.
Em relação ao teste comparativo dos seguros, partilho da opinião do editor, pois prefiro um contacto pessoal com alguém que dê a cara, em vez de um contacto impessoal, através do telefone. Neste caso, o barato pode sair caro, pois creio que estes seguros sejam mais atraentes para pessoas com mais experiência na área e que se “mexam” melhor.
Ainda em relação aos testes da Proteste, às vezes temos de juntar a tal subjectividade que faltou no comparativo dos seguros, pois não podemos olhar somente para os €€€. Basta ver os comparativos dos telemóveis. O que me interessa saber se o modelo XXX tem melhor relação características/preço que o modelo YYY? Neste campo, o que contará mais será o gosto subjectivo das pessoas.
Boa tarde
A minha opinião relativamente à DECO é que é mais uma empresa que espera lucros e como tal, presta os serviços que tem de prestar, tal como apoio jurídico, informações ao consumidor, seguros mais baratos, condições especiais crédito à habitação, a troco de uma mensalidade. Fui sócia durante 8 anos achando que tinha benefícios especiais e que tal situação era merecedora da atenção deles. Quando há dois meses o meu marido recebe uma carta da DECO a oferecer-lhe 50% de desconto na mensalidade durante um ano… quando a mim não me tinham oferecido rigorosamente nada durante 8 anos! Rapidamente cheguei a uma conclusão e resolvi rapidamente a situação cancelando para sempre a minha assinatura. Relativamente ao apoio ao consumidor podemos obtê-los nos balcões da loja do cidadão, o seguro poderá ser contratado por um preço inferir ao protocolado com a DECO(!) e o crédito À habitação já foi renegociado! Quero com isto dizer que muitas vezes achamos que por estarmos a pagar um serviço estamos a obter as melhores condições, mas neste caso, isto não se aplica. Além de que os estudos realizados a meu ver são tendenciosos, pois não incluem todos os produtos existentes no mercado.
Cumprimentos
Parabéns Mapari pelo seu artigo.
Só agora dei com ele embora veja que já é antigo, mas o que refere ainda é muito atual.
Na realidade, nunca ouvi ou li ninguém a referir as verdades que escreve aqui sobre a DECO e a forma como nos aconselha o seguro automóvel.
Essa associação que diz defender os consumidores, na realidade só defende (e quando defende) os seus associados – aqueles que lhe pagam as revistas.
Por isso é que na hora de vencer a anuidade do meu seguro automóvel eu já não me fio na deco e faço eu mesmo a minha pesquisa.
Para tal já tenho lido alguns dos vossos artigos (este passou-me despercebido) e sites de seguros independentes das seguradoras ou que trabalham com todas, como o Seguros Mais.
http://www.seguros-mais.com/
Mas mesmo assim, simulo em mais algumas seguradoras que as sugeridas e depois opto sempre pelo mais barato dentro do mesmo leque de garantias, pois fala muito bem, que a Deco mts vezes compara o que é incomparável e tende para a instituição com quem estabelece parcerias.
Cumprimentos a esta vossa bela equipa e que continuem a ser vozes livres a esclarecer-nos.