Segundo o IDEF 2022/2023 – Inquérito às Despesas Familiares, realizado e divulgado pelo INE, os portugueses gastam em média 39 euros em cada 100 euros só em habitação (dados de 2022). Esta é, de longe, a classe de despesa mais importante no conjunto da despesa das famílias em 2022/2023, em Portugal.
Os valores foram mais altos nas áreas predominantemente urbanas onde atingiram os €40,7 por cada €100 de despesa total tendo atingido o valor mais elevado na Área Metropolitana de Lisboa: €43,8 de cada €100 de despesa.
Estrutura da Despesa das famílias 2022/2023
De uma despesa total anual média dos agregados familiares de €23 900 euros quase €10.000 (39,3%) vão para financiar a habitação, seja via rendas, prestações de crédito bancário ou outras despesas de manutenção ou obrigatórias. Por comparação, 12,9% é destinado à alimentação. Próximo surgem os transportes com 12,1%.
A publicação do INE sinaliza as grandes diferenças regionais em termos de capacidade de despesa mas também por composição familiar,co mas famílias com criança a destacarem-se com níveis de despesa superiores.
Um dos destaques principais para grandes diferenças entre as famílias prende-se com a saúde.
Segundo o INE, as famílias sem dependentes têm de destinar uma maior proporção do seu rendimento monetário em despesas de saúde (14,1%) do que a média nacional. Não será estranho a este facto muitas destas famílias serem compostas por pessoas mais velhas. Quando se tratam de pessoas a viver sós, idosas, a percentagem sobe para 20,4%. Entre as famílias com filhos dependentes a fração do seu rendimento destinado a saúde foi de 7,7%.
Qual é principal fonte de rendimento das famílias?
Além de analisar a despesa das famílias 2022/2023, o IDEF inquire também sobre o rendimento. E permite-nos identificar quais são as principais fontes de rendimento em Portugal.
Em cada 100 portugueses são ligeiramente menos de 6 os que declaram que são os rendimentos obtidos do trabalho por conta própria os que lhes conferem a principal fonte de rendimento. São cerca de 54 o que encontram no trabalho por conta de outrém o principal ganha pão. Há ainda cerca de 36 em 100 que dependem essencialmente das pensões. Finalmente, há ainda cerca de quatro em cem que tem outra fonte de rendimento como fonte principal (rendimentos de capitais, de investimento prediais, etc).
Como se distribuem as famílias em Portugal?
Além da vasta informação sobre despesa e rendimento, o IDEF dá-nos uma imagem de quem somos também ao nível da distribuição e composição dos agregados familiares em Portugal e suas regiões.
Reproduzimos em baixa a tabela síntese com essa informação. Quem tiver interesse pode extrair esta informação e a restante citada na publicação, em formato excel ou csv, junto do INE.
Deixámos aqui só uma pequena amostra da informação muito rico presente na publicação do INE (deixámos o elo logo no início do artigo). Boas leituras.
