Remuneração bruta total média mensal 2019 a 2024 - Portugal

Mais meio salário real num ano: saiba qual é a remuneração bruta mensal média por trabalhador em março de 2024

O INE divulgou dados referentes à €1.443 é a remuneração bruta mensal média por trabalhador em março de 2024 e informa que o valor é de €1.443 que compara com €1.361 em março de 2023. A remuneração bruta mensal média por trabalhador aumentou 6,1% num ano que se reduz a 3,8% depois de descontarmos a inflação.

Considerando 14 meses de remuneração num ano, cada mês corresponde a 7,2% da remuneração anual. Este aumento real de 3,8% aponta assim para a recuperação de cerca de meio salário em termos de poder de compra, entre o 1º trimestre de 2023 e o 1º trimestre de 2024.

Recorde-se que a taxa de inflação em 2023 foi de 4,3% mas no final de março de 2024 foi de apenas 2,9% e é este o valor correto para utilizar quando se comparam remunerações entre março de 2023 e março de 2024 e para se apurar quanto do aumento das remunerações foi absorvido pela inflação e quanto se traduziu em poder de compra acrescido.

Estes 3,8% tratam-se de um contributo importante para mitigar a perda de poder de compra que se registou para os trabalhadores no período entre o último trimestre de 2021 e o primeiro trimestre de 2023.

Essa realidade está bem representada no gráfico preparado pelo INE que reproduzimos.

Remuneração bruta total média mensal 2019 a 2024 - Portugal
Fonte: INE

O INE apresenta muitos detalhes importantes na sua análise e oferece informação estatística para se poder avançar nessa mema análise de forma autónoma. Neste artigo destacamos apenas mais dois aspetos.

O INE destaca, por exemplo, as diferenças significativas entre as diversas atividade económicas::

“Em relação a março de 2023, a remuneração bruta total mensal média aumentou em todas as dimensões de análise (atividade económica, dimensão de empresa, sector institucional, intensidade tecnológica e intensidade de conhecimento).

Os maiores aumentos foram observados nas “Indústrias extrativas” (secção B; 12,9%), nas empresas de 500 e mais trabalhadores (6,9%), no sector público (6,3%) e nas empresas de “Serviços de mercado com forte intensidade de conhecimento” (9,4%).”

 

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Fonte: INE

E destaca também uma subida da remuneração real ligeiramente superior entre os trabalhadores do setor público face ao privado mas ainda muito inferior ao que seria necessário para conseguirem mitigar a perda de poder de compra muito superior que afetou os trabalhadores que têm o Estado como entidade patronal, entre 2021 e 2023. O gráfico seguinte não dá os valores em remuneração real mas é fácil extrapolar que o impacto da perda de poder de compra foi muito mais expressivo entre os trabalhadores do Estado.

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Fonte: INE

 

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