Transferência bancária nacional: enganar-se ou ser enganado passa a ser mais difícil

Enganar-se ou ser enganado numa transferência bancária nacional passa a ser mais difícil a partir d 20 de maio de 2024.

Porquê? Porque a partir desse dia, sempre que introduzir os dados do beneficiário da transferência será mostrado o nome do titular da conta que receberá o dinheiro. E esta informação será dada ao ordenante da transferência antes deste confirmar que quer realizar a transferência.

Esta informação que até aqui apenas era disponibilizada quando se usava uma caixa multibanco, a partir deste data encontra-se obrigatoriamente disponível quando a transferência se faz através do homebanking ou seja quando se recorrer às plataformas dos bancos disponíveis para computadores pessoais, telemóveis ou outros dispositivos.

Em suma, qualquer transferência bancária nacional feita por qualquer meio passa a ter informação do beneficiário disponível antes da confirmação.

 

Fraudes com vida mais difícil

Com esta informação, alguém  que esteja a ser alvo de um esquema ou fraude terão mais um instrumento para se proteger despistando a mentira.
Se o IBAN que lhe foi indicado para efetuar uma transferência não tiver associado o nome da entidade para a qual supostamente estaria a efetuar a transferência tal deve funcionar como alerta e como convite a não avançar com a transferência até ter mais informação.

Por outro lado, mesmo que a situação não seja de fraude, se o utilizador bancário detectar alguma inconsistência entre o nome do beneficiário e quem pretendia que recebesse o dinheiro, poderá evitar uma transferência bancária errada.

Esta é daquelas funcionalidades de utilidade inquestionável que levanta como única pergunta saber porque demorou tanto tempo a ser instituída como regra base para qualquer processo de transferência bancária.

Note-se que esta funcionalidade só está garantida para transferências bancárias que envolvam bancos a operar em Portugal e, como tal, obrigada a respeitar as regras do Banco de Portugal.