E se este ano não fosse de férias para o estrangeiro? (manual de sobrevivência III)

(continuação daqui)  Quer isso dizer que não é indiferente para o País gastar umas centenas de euros que tem alinhavados para as férias em Cuba ou em Portugal? Não, não é. Tem presente a campanha de ajuda à Madeira onde se apela para fazer férias na Madeira? Pois o encarecimento do custo do dinheiro nos mercados internacionais quando quem pede emprestado é português, é uma espécie de catástrofe que se abateu sobre todo o país, por isso, ajude a Madeira, ou o Algarve, ou Lisboa, ou a Beira Baixa, ou o Litoral Alentejano. Comprar o que é feito em Portugal, de livre vontade e, de preferência, particularmente quando a diferença de qualidade até não é tão gritante, é oficialmente uma política mais útil hoje do que ontem.

O vá para fora cá dentro pode deixar cá dentro umas largas de centenas de milhões de euros que, de outro modo, como habitualmente, não ficariam. Este pequeno nacionalismo, dentro das regras, ajudará um pouco, mais que não seja a tomarmos consciência do que está em causa e de que, muito provavelmente, se a Europa não se despachar a afirmar-se como uma verdadeira União Europeia, teremos decisões bem mais incomodas pela frente do que ter a maçada de ter um excelente pretexto para conhecer as mil e uma maravilhas de Portugal. Disfarce-se de bife ou de italiano, conforme a fisionomia e o conhecimento de línguas, a imagine por umas semanas que não é de cá. Divirta-se e deixe os euritos em Portugal se faz favor.

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