Em dois meses a taxa de variação média anual do Índice de Preços no Consumidor descem 100 pontos abse que é o mesmo que dizer que a taxa de inflação passou de 4,3% no ano terminado em dezembro de 2023 para 3,3% no ano terminado em fevereiro de 2024.
Não é comum a taxa de inflação dar saltos tão grandes no indicador que incorpora informação de 24 meses mas é o que está a acontecer. E o novo número de entrou neste comboio de 24 meses ajudou à queda. De facto, a taxa de variação homóloga de fevereiro fixou-se nos 2,1%, bem abaixo da média anual.
Esta é ainda a estimativa preliminar do INE para o mês de fevereiro, no entanto o INE avança já algum detalhe explicativo que reproduzimos:
A variação do índice relativo aos produtos energéticos aumentou para 4,3% (0,2% no mês precedente) enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá diminuído para 0,8% (3,1% em janeiro), parcialmente em consequência do efeito de base associado ao aumento de preços registado em fevereiro de 2023 (variação mensal de 1,4%).
Os preços dos combustíveis estão um pouco “aquecidos” e a evitar uma evolução mais favorável da inflação, enquanto que uma estabilização do nível de preços dos produstos alimentares está a permitir, pelo contrário, uma abrandamento do indicador que mede a subida ou descida do preço cabaz de bens e serviços no consumidor.
