Salário Mínimo Nacional em 2020

O Salário mínimo nacional em 2020 será de €635 no sector privado, igualando assim o valor que já se verificava no sector público em 2019.

Este valor traduz-se numa subida de €35 mensais face a 2019 correspondendo a um aumento de 5,83%. Recorde-se que a inflação prevista para 2019 está no 0,3% e para 2020 nos 1,1% (previsões recentes da Comissão Europeia).

Mesmo que o aumento dos preços atinja os 1,1% estaremos perante um aumento importante do poder de compra para quem receba o salário mínimo de cerca de 4,73%.

 

Salário Mínimo Nacional em 2020 nos €635

A este salário mínimo nacional de €635 corresponderá um salário líquido mensal de €565,15, a que correspondem mais €31,15 por mês do que no ano anterior. Os rendimentos para o novo salário mínimo manter-se-ão isentos de IRS e sobre eles apenas incidirá a taxa social única, ou seja, a contribuição para a Segurança Social, que equivale a 11%, à conta do trabalhador.

Recorde-se que a meta inscrita no programa de governo é de que o salário mínimo nacional em 2023 atinja os €750. Como referimos em artigo passado, a confirmar-se, o Salário Mínimo Nacional deverá aumentar 25% entre 2019 e 2013.

Se o aumento acumulado de €150 fosse repartido em aumentos nominal idênticos ao longo dos quatro anos, o aumento deveria ter sido de €37,5, ou seja, muito próximo do valor de €35 que o governo agora anuncia.

Sublinhe-se que em termos de concertação social, este aumento apenas alcançou o acorda da UGT, havendo desacordo com as entidades patronais e com os restantes sindicatos – era esta a realidade a 13 de novembro de 2019, data da primeira versão deste artigo.

É provável que, em sede de Orçamento do Estado para 2020, a apresentar a 15 de dezembro de 2019, exista um esforço de acomodar algumas reivindicações das entidades patronais que passam ainda, se não patrocinar um acordo global (o que não parece impossível), pelo menos reduzir os impactos a a insatisfação declarada.

4 comentários

  1. Bom dia,

    o setor Privado aumenta o SMN a 2020 para 635€. Muito bem embora o ESTADO ” come” sempre 11% deste .
    este trabalhador receberá 565€ pois restante é para ESTADO, ” o filho mais CARO”!

    mas no Sector PUBLICO tal não acontece porquê???
    temos trabalhadores no QUADRO de MUNICIPIOS , nos serviços LIXO, limpeza etc que não recebem Base os 580€ a tempo completo , porquê????
    Isto é um ESTADO de DIREITO?

    enfim………..

  2. Não entendo o porque de tanto alarido com os funcionários públicos. Vejamos o seguinte.. 35 horas semanais em que o salário mínimo praticado no setor público sempre foi maior que o privado, acrescendo que este tem 40 horas de laboração semanal (que vem na folha, pois a maioria dos funcionários “privados”, se assim o querem chamar, trabalha mais do que as 40 horas semanais por “imposição” da entidade patronal e pressão exercida por este.

    Não me recordo de ver nenhum funcionário público preocupado com o que fica pendente para fazer.. o que não se fizer hoje amanha ainda vai a tempo.

    Quanto ao Estado que tanto se queixam, os 11% de retenção são obrigatórios por Lei e usufrui das baixas e pensões (Privado e Público).

    Seria de refletir era porque são atribuidos subsídios a torto e a direito a quem não quer trabalhar, bem como reformas chorudas a elementos do Governo, penalizando quem mais trabalha.

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