Novos empregados superam queda do desemprego

Novos empregados superam queda do desemprego pela primeira vez em 3 anos

O INE apresentou as Estimativas Mensais de Emprego e Desemprego apurando o valor definitivo para a taxa de desemprego de julho de 2016 que, face ao valor provisório conhecido há um mês, foi revisto em baixa de 11,1% para 10,9%.

A taxa de desemprego prolonga assim a sua tendência descendente iniciada há 8 meses em fevereiro de 2016. Em julho de 2016 havia menos 69 mil desempregados do que há exatamente um ano. Do lado do emprego os números são ainda mais significativos.

 

Novos empregados superam queda do desemprego

Em termos de efetivos, existia uma população desempregada de cerca de 560 mil indivíduos em julho de 2016, valor inferior em 69,2 mil indivíduos ao apurado um ano antes.

Quanto ao número de pessoas empregadas, constata-se que cresceu em 77,4 mil indivíduos entre julho de 2015 e julho de 2016, ou seja, o emprego cresceu mais do que desceu o desemprego. Esta é a primeira vez que tal acontece desde que o desemprego começou a diminuir ou seja, é a primeira vez desde há três anos em que se criaram mais empregos do que saíram pessoas do desemprego (quando se comparam períodos homólogos).

 

Novos empregados superam queda do desemprego
Cálculos Economia e Finanças. Fonte: INE

Durante estes 36 meses, à diminuição do número de desempregados não tem correspondido um número igualmente elevado de novos postos de trabalho. Esta evolução tem encontrado uma justificação na emigração bem como em variações no número de desencorajados (que desistem de procurar emprego e de ser reconhecidos como desempregados) ou mesmo na evolução demográfica onde mais reformados que deixam de ser desempregados ao passar à reforma convivem com a entrada de eventualmente menos pessoas jovens na população ativa. Estes dados são os primeiros a apresentar um ganho líquido no emprego face à queda do desemprego. É naturalmente ainda muito cedo para grandes extrapolações mas o número parece surgir suportado por um movimento sustentado.

É ainda preciso recuar a setembro de 2014 para encontrar uma criação líquida de emprego superior à agora registada (em termos homólogos). Neste período de 21 meses só em maio de 2015 se atingiu um aumento de empregados na casa dos 70 mil indivíduos (comparando maio de 2014 e maio de 2015, no caso).

Comparando apenas os dois últimos meses com dados definitivos já divulgados (junho de 2016 e julho de 2016) o INE revela que o desemprego diminuiu em 5,5 mil indivíduos enquanto o emprego aumentou em 22,5 mil.

 

Agosto de 2016

O INE divulgou ainda a estimativa provisória para agosto, habitualmente sujeita a revisões significativas (como sucedeu novamente em julho). Segundo o INE, em agosto, a taxa de desemprego ter-se-á fixado em 11%, ou seja, mais 2 mil desempregados do que os revelados pela estimativa definitiva de julho de 2016 e menos 68,3 mil do que apurado em agosto de 2015.

Quanto à população empregada, os dados provisórios de agosto revelam mais 79 mil empregados do que em agosto de 2015 e menos 6,6 mil do que em julho de 2016.

Pode encontrar mais dados no sítio do INE.

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