Evolução Depósitos a Prazo 1989 a 2016

Evolução Depósitos Bancários: 95,3% do PIB em depósitos

Evolução Depósitos Bancários: a evolução dos depósitos entre 1989 e 2016 (dados até abril) revela dois recordes históricos e um falso recorde.

 

Evolução Depósitos Bancários

Nunca os particulares tiveram tanto dinheiro em depósitos bancários e nunca o total de depósitos bancários foi tão elevado quando agregando os depósitos dos particulares aos das empresas (sociedades não financeiras). Em abril de 2016 havia praticamente €171 mil milhões nos bancos em depósitos, o correspondente a 95,3% do PIB nacional (PIB provisório do INE para 2015 a preços correntes).

O falso recorde vem das taxas de juro mais baixas da história. De facto, se as atuais taxas de juro a que se remuneram os depósitos a prazo não são as mais baixas da história andarão muito perto. No passado, em especial nos grandes bancos, já houve outros períodos onde se remuneravam os depósitos a prazo a zero como sucede para muitas das ofertas atuais.

Contudo esta não é toda a informação relevante quando se pretende analisar a evolução dos depósitos bancários e o comportamento dos aforradores. De facto, é também relevante considerar a evolução dos preços, a inflação, ou seja, o ritmo a que o dinheiro perde valor ou poder de compra.

Quando juntamos estes dados da inflação verificamos que esta está, em 2016, muito contraída (claramente abaixo de 1%) o que nos permite dizer que estamos ainda a alguma distância de outros momentos no passado onde a taxa de juro real (que corresponde à taxa de juro anunciada nos depósitos a prazo subtraída da taxa de inflação) foi claramente negativa. Nesse momentos colocar dinheiro no banco em depósitos implicava perder poder de compra de forma significativa, algo que hoje (ainda) não acontece.

 

Evolução Depósitos Bancários 1989 a 2016
Evolução Depósitos Bancários 1989 a 2016

 

O que está a aumentar, depósitos a prazo ou à ordem?

No gráfico representou-se a evolução do peso dos depósitos em responsabilidade à vista (ou seja, dos depósitos à ordem) no total dos depósitos bancários que englobam também os depósitos a prazo nos vários prazos. Há alguns anos que os depósitos à ordem têm vindo a ganhar peso no total de depósitos bancários. A conclusão que se pode retirar é que de facto os depósitos à ordem estão a aumentar a um ritmo mais elevado do que o registado para os depósitos totais justificando intieramente a evolução global e mais do que compensado a queda nos depósitos a prazo que se vem registando desde que atingiram o máximo histórico no ínicio de 2012.

Na realidade, o volume de depósitos a prazo tem estado a diminuir prolongando-se uma tendência que se vem registando desde 2012.

Em abril de 2016 havia menos cerca de €10 mil milhões em depósitos a prazo (particulares mais empresas) do que aquando do máximo histórico.

 

Mais informação:

Não deixe de obter mais informação sobre depósitos a prazo. Destacamos em especial a nossa base de dados com as melhores taxas de juro dos depósitos a prazo, uma informação que atualizamos regularmente.

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