Quase 1 em cada 3 trabalhadores vê o seu horário de trabalho alterado pelo menos uma vez por mês

Sabia que quase 1 em cada 3 trabalhadores vê o seu horário de trabalho alterado pelo menos uma vez por mês?

E sabia que cerca de 40% da população empregada foi  contactada pelo menos uma vez fora do horário de trabalho por razões profissionais nos últimos dois meses sendo que para 13,2% do contacto se esperaram diligências de trabalho?

E sabia que 8 em cada 10 trabalhadores afirma ter pelo menos alguma autonomia para decidir por que ordem devem executar as suas tarefas ou trabalhos?

E sabia que apenas 2,5% dos trabalhadores o fazem a partir de casa?

E que cerca de 30% trabalha sob pressão muitas vezes?

E que cerca de 40% da população que trabalha fora de casa demora menos de 15 minutos a chegar ao seu local de trabalho? Percentagem que sobe para cerca de 70% se considerarmos uma demora máxima de 30 minutos?

Inquérito Emprego
Fonte: INE

Estes são alguns dos resultados de um módulo ad hoc realizado pelo INE e acoplado ao inquérito ao emprego do segundo trimestre de 2019, dedicado à organização do trabalho e do tempo de trabalho. Desde 2001 é a quarta vez que este módulo é incorporado no inquérito ao emprego sendo que se trata de um inquérito harmonizado a nível europeu.

O INE incluiu nesse módulo três grandes temas: flexibilidade do horário de trabalho, métodos e organização do trabalho e local de trabalho. A população inquirida representa as pessoas empregadas residentes em Portugal com 15 e mais anos que estavam empregadas naquele trimestre (4 916,7 mil pessoas).

Fonte: INE

Vale a pena percorrer o destaque à comunicação social que o INE agora divulga do qual apresentamos apenas algumas das conclusões e gráficos.

Fechamos este artigo como um excerto do sumário preparado pelo próprio INE.

“Para 64,7% da população empregada, o horário de trabalho é decidido pela entidade empregadora, clientes ou disposições legais e não pelo próprio (independentemente de o decidir com ou sem restrições). Esta percentagem é maior nas mulheres (68,4%) que nos homens (61,1%). Não obstante, para 67,6% da população empregada parece ser fácil ou muito fácil ausentar-se, por motivos pessoais ou familiares, do seu local de trabalho por um curto período de tempo – uma ou duas horas – avisando no próprio dia ou na véspera.
Para 42,8% da população empregada (46,2% entre os homens e 39,4% entre as mulheres) é fácil ou muito fácil tirar um ou dois dias de férias planeados com pouca antecedência. Esta percentagem é mais baixa entre os trabalhadores por conta de outrem (39,9%).
28,8% da população empregada afirma trabalhar sempre, ou muitas vezes, sob pressão de tempo, tendo de terminar tarefas e trabalhos ou tomar decisões dentro de prazos considerados insuficientes.
Pouco mais de um terço da população empregada (34,1%) afirma ter total ou muita autonomia para decidir a ordem e o modo como executa as suas tarefas ou trabalhos.
As instalações da entidade empregadora ou do próprio negócio são o local de trabalho principal para 78,0% da população empregada, percentagem bastante mais elevada para as mulheres (87,9%) que para os homens (68,4%).”

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