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Dia 30 é o último para aproveitar taxas dos certificados de aforro e do tesouro

Dia 30 é o último para aproveitar taxas dos certificados de aforro e do tesouro antes que o IGCP proceda às já anunciadas descidas das taxas de juro de ambas as aplicações em dívida pública. Em entrevistas hoje concedidas aos jornais especializados em economia, Cristina Casalinho, atual responsável máxima pela agência do estado que gere o tesouro nacional, avança que as novas taxas dos certificados de aforro e dos certificados do tesouro poupança mais deverão continuar a ser competitivas mas aproximar-se-ão das atualmente praticadas nos produtos de aforro que estão a concorrer diretamente com estes títulos da dívida pública, tendo referido que a Euribor a 12 – referencial que terá sido usado na última mudança estrutural de taxas – está hoje muito abaixo das taxas praticadas nos certificados (mais de 10 vezes menor).

Deduz-se das declarações feitas que as novas taxas deverão ser realinhadas com as taxas de juro dos depósitos a prazo (que não achegaram aos 1,4%, em média a um ano no último mês de que há dados, e são bem menores do que isso (em média) para prazo inferiores. Ainda assim há exceções pela positiva como pode constatar na nossa base de dados de depósitos a prazo atualizada já em 2015.

Contudo, os certificados do tesouro poupança mais têm uma maturidade máxima de 5 anos e os certificados de aforro de 10 anos pelo que o paralelo com depósitos a prazo deve ser encarado com cautela dado que os produtos não são substitutos perfeitos. A título de curiosidade o custo da dívida pública 5 anos, no mercado secundário rondava à hora a que escrevemos os 1,278% e a 10 anos os 2,184%, ambos muito próximo dos mínimos históricos. Por outro lado, sublinha-se também que ao emprestar a residentes, o estado garante que 28% dos juros revertem para o erário público via IRS pelo que a comparação de taxas brutas não é necessariamente adequada se considerarmos uma comparação que não se foque apenas nos produtos que os aforradores têm disponíveis ao nível do retalho, mas também no custo global das fontes de crédito do estado. Recorde-se ainda que em relação aos certificados de aforro, a taxa é revista trimestralmente, já quanto aos certificados do tesouro a estrutura atual é fixa e garantida durante 5 anos, algo que poucos depósitos no mercado oferecem.

Em breve (provavelmente até ao final desta semana) saberemos como ficarão estruturadas em termos de taxas e de regras as novas séries de certificados de dívida pública. Sobre este tema ler também: “Certificados de aforro e do tesouro já subscritos não verão taxas de juro alteradas“.

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