Tabela Remuneratória Única versão 2026

Salário Mínimo na Função Pública em 2026

O Salário Mínimo na Função Pública em 2026 será de €934,99 como resulta da atualização salarial anunciada, para 2026, de €56,58 até vencimento de €2.631.

Este valor de €934,99 compara com os €878,41 praticados em 2025 e resulta num aumento de 6,44% de 2025 para 2026 ou dos, já referidos, €56,58 antes de contribuições e impostos.

Se o governo não ceder em termos de negociação com os parceiros sociais, este valor de salário mínimo na função pública corresponde ao nível 5 da tabela remuneratória única de 2026 que resulta da aplicação dos fatores de atualização salarial acima enunciados.

Recorde-se que para o setor privado está acordado um valor de €920 (subindo dos €870 em 2025) para o salário mínimo nacional em 2026. Valor que poderá também ainda ser revisto em sede de negociação. Sendo o valor do salário mínimo na função pública ligeiramente superior ao do privado, sobre a diferença incidirá IRS, estando o salário mínimo nacional isento de IRS.

Alem do acordo para o salário mínimo nacional até 2028 há também um compromisso de aumentos para a função pública para os próximos anos que recorde-se será como se segue:

  • Em 2027 e 2028 deverão ser, no mínimo, em cada ano, de:
    • Ter um aumento de €60,52, até ao salário bruto de (aproximadamente) €2.631.
    • Ter um aumento de 2,3% para vencimentos acima de (aproximadamente) €2.631.

70 comentários

  1. Com sempre Portugal no seu melhor!!!!
    Em Portugal, continua a existir uma clara diferença entre trabalhadores do setor público e do setor privado. Muitos de nós consideramos que vivemos num país com “trabalhadores de primeira” e “trabalhadores de segunda”, sobretudo quando se comparam direitos, horários e condições laborais.

    Atualmente, os funcionários públicos beneficiam de um salário mínimo superior ao salário mínimo nacional. Para 2026, o Governo propõe um aumento do salário mínimo nacional para 920 euros para os trabalhadores do setor privado, enquanto para os funcionários públicos propõe 934,99 euros.

    Podem dizer que a diferença é pequena, apenas 14,99 euros mas, na realidade, representa muito mais. Quando somamos as restantes diferenças como, horários mais curtos, maior proteção laboral, benefícios adicionais e tolerâncias de ponto . Percebe-se que esta discrepância simboliza uma discriminação persistente por parte do Governo em relação aos trabalhadores do setor privado, que são, em grande parte, os que mantêm o país a funcionar diariamente.

    O horário de trabalho na função pública é de 35 horas semanais, face às 40 horas praticadas na grande maioria das empresas privadas. Na prática, isso significa menos cinco horas de trabalho por semana, mantendo remunerações semelhantes, algo que muitos trabalhadores do setor privado veem como uma desigualdade e descriminação.

    Os funcionários públicos perdem a totalidade da remuneração nos primeiros três dias, mas a partir do 4º ate ao 30º dia apenas sofrem um corte de 10% no salário.
    Já os trabalhadores do setor privado, tambem perdem a totalidade da remuneração nos primeiros três dias, mas após o 4º dia até ao 30º recebem apenas 55% da remuneração de referência, o que representa uma perda de 45%.

    No que diz respeito a férias, ambos os regimes garantem 22 dias úteis por ano. No entanto, os trabalhadores da função pública podem ganhar dias adicionais por cada 10 anos de serviço, bem como através da “avaliação de desempenho” ou outras condições específicas.
    Além disso, o Estado pode ordenar uma “ponte” ou dia extra de férias através da tolerância de ponto, uma dispensa oficial de trabalhar num dia útil específico, geralmente associada a datas festivas. A tolerância de ponto, também conhecida como “ponte”, acontece quando o governo decide que os trabalhadores públicos não precisam de trabalhar nesse dia.
    Esta medida não é aplicada aos trabalhadores do setor privado. Se o trabalhador privado quiser fazer “ponte”, é-lhe descontado um dia de ferias.

    Agora falando no direitos a reforma antecipada. Como já é “normal”, aqui as coisas tambem diferem.
    No setor privado, é possível reformar-se antecipadamente com 40 anos de descontos, mesmo sem atingir a idade legal (atualmente 66 anos e 7 meses), mas com penalizações.
    Na função pública, é possível solicitar a reforma antecipada a partir dos 55 anos, desde que existam 30 ou mais anos de descontos, embora com penalizações.

    Os funcionários públicos gozam de maior proteção laboral. Dificilmente são despedidos e o exercício do direito à greve raramente tem consequências diretas.
    No setor privado, apesar de o direito à greve ser igualmente protegido por lei, muitos trabalhadores receiam represálias, perda de prémios ou até o despedimento.

    Recentemente, surgiram críticas em torno do atendimento público por marcação, através da plataforma SIGA. Em alguns casos, cidadãos relatam situações em que os serviços públicos permanecem encerrados ao público, mesmo com funcionários no interior sem ninguém no atendimento, todos a conversarem a grandes gargalhadas. Aconteceu-me a mim, numa repartição das finanças. Toquei a campainha e alguém falou pelo o intercomunicador. Perguntei se me podiam responder a uma questão e disseram que, naquele horário, só por marcação. Não estavam a fazer NADA.

    Conclusão!! As diferenças entre o setor público e o privado em Portugal são reais.
    A sensação de injustiça entre trabalhadores cresce quando as condições não acompanham o mérito, o esforço ou a produtividade.
    Mais do que nivelar por baixo ou por cima, talvez seja tempo de repensar o equilíbrio entre direitos e deveres, garantindo condições justas para todos, independentemente de trabalharem para o Estado ou para uma empresa privada.

    1. Bravo! Muitos parabéns Cristina pelo seu comentário! Concordo 100% com tudo o que diz e faço minhas suas palavras, sinceramente nem é necessário acrescentar mais nada, porque você já disse tudo. Infelizmente é o país que nós temos e por mais que falamos a nossa voz nunca será escutada. Mas continue assim… e nunca desista pelos seus direitos.

      1. Os vossos comentários é que são “ridículos”. Que falta de noção.
        Desde quando é que todos os funcionários públicos são da CGA para receber a 90% do 4° ao 30° e a partir daí 100% da remuneração base?
        Há muitos anos que pertencem à Segurança Social e como tal recebem os mesmos 55%. Não acreditem em tudo que aparece nem deixem de confirmar os dados. Quanta mais informação mais desinformação existe. Se falarem dos quadros diretivos das escolas, constituídos por professores e que por esse motivo não dão aulas ou têm apenas uma turma, mais os que estão de baixa(CGA) a receber a 100% a partir do 2° mês, não havia a falta de professores que falam. Na direção que ponham quem perceba das funções inerentes ao serviço. Agora que pertencem às Câmaras talvez comecem a aparecer alguns.
        Uma comparação entre as baixas da CGA com as da SS. Em proporção ao número de beneficiários e a duração das mesmas.
        Alguém que peça esse estudo para o qual não vai haver dados, pois nunca li ou ouvi, na questão das baixas fraudulentas, falta de funcionários públicos, etc…que o problema também se deve em muito às mordomias e inexistência de fiscalização das baixas de beneficiários da CGA.

        Façam o favor de perder o tempo necessário a confirmar o que vos dizem antes de falar do que não sabem.

        1. É de lamentar falarem do que não entendem. Quem trabalha na função pública nos últimos anos, realmente pertencem ao SNS, mas não são funcionários públicos. Apenas e só os que fazem parte dos quadros das instituições públicas é que são funcionários públicos.
          Esquecem-se tam do pormenor que, os funcionários públicos viram as suas carreiras de anos, congeladas e sem aumento durante 10 anos. E mais, os funcionários descontam para a sua própria reforma (caixa geral de aposentações, e descontamos para termos alguma cobertura a nível da saúde (ADSE), pois ninguém desconta por eles, e não vão buscar a reforma ao SNS. No entanto os políticos não são funcionários públicos, mas no final do seu mandato são reformados antes da idade legal da reforma, e vão buscar a reforma á caixa geral de aposentações , para onde os funcionários públicos descontam.

    2. Muito bem Cristina Silva,um país onde dizem direitos e deveres iguais, para todos,ainda gostava de saber a que país se referem. Em Portugal não é,e mais não percebo o porquê,quando é o privado,que paga para o público. Uma vergonha,uma gatunagem! Mas com os governantes que temos tido,o melhor é começar a roubar também!

    3. concordo com algumas opiniões, mas em relação a proteção no privado também existem funcionários com carro, cartão, entre outras regalias.
      Na minha opinião e por ser funcionário publico á mais de 36 anos por opção, pois sempre ouvi dizer mais vale certo que incerto.
      posso dizer que por volta de 1998 acho que ganharia por volta de 50 contos e tinha pessoas com a mesma profissão a ganhar 100 contos. Coisas da vida.

    4. Concordo contigo, não sendo funcionário público, talvez seja altura de os funcionários privados se unirem e exigirem os mesmos benefícios dos funcionários públicos e não que os funcionários públicos sejam tão fodidos como os do privado.

    5. Acredite ou não um funcionário público ficando de atestado recebe tanto como um funcionário privado. os funcionários públicos deixaram de ter direito a caixa de aposentações há muitos anos.

      1. Exactamente. eu sou funcionária pública e estive de baixa devido a uma cirurgia e recebi a 55% como se recebe no privado! D. Cristina deverá informar-me bem, antes de pôr coisas que não correspondem à realidade. Secalhar poderá falar com certezas do privado, mas do público, informe-se primeiro.
        Percebo que uma pessoa que é do privado, só veja as coisas positivas para o público, mas mais uma vez reforço, nem tudo é verdade só que se diz “da função pública/funcionário público”.
        Mas também existe a hipótese de concorrer ao público, já que estão sempre a “abrir vagas”. Se o público é melhor, é só mudar! Depois possivelmente vêm queixar-se ao contrário.
        Antes de comentarmos, deveríamos informar-nos…..

        1. Concordo a 100% consigo.
          Eu sou funçionária publica e vejo todos os dias pessoas irem embora ao fim de pouco tempo porque nao querem fazer certos serviços e certos horários para o dinheiro que ganham.
          As pessoas falam do que nao sabem.
          Vao para lá e logo veem o que aquilo é…

      1. Permito-me a retifica essa informação, pois o meu subsidio de alimentação no privado é de €6,00 e se a entidade empregadora dedinir no contrato que é de €3,00 ou nada, não há nenhuma lei que o proíba de praticar um subsidio desatualizado!
        Enfim, o problema é serem tantos funcionários públicos a enpurrarem o país sempre para trás.

        1. Se calhar o problema é o que os patrões privados não dão e o Estado nada pode fazer porque, cumpridos os requisitos mínimos negociados e estabelecidos, não pode interferir mais com a gestão privada que visa, primeiro que tudo, a compensação dos accionistas ou do empresário. O que o patrão-Estado dá a quem o serve, mantendo o nível mais elevado, como cumpre numa função pública que não tem como primeiro objectivo o lucro do patrão mas sim o serviço público. Devia ser considerado bom numa sociedade que se diz evoluída, puxar para cima e não para baixo o mercado laboral. Mas a inveja dos 14 euros a mais do vizinho é terrível. Já quando há “cortes” os funcionários são sempre os primeiros a levar com eles, se alguém ainda recorda o que se passou na troika. Perspectivas…

          1. MUITO BOA ESSA RESPOSTA.BOA RESPOSTA.
            OS FUNCIONÁRIOS PUBLICOS É ONDE O ESTADO TIRA SEMPRE , PORQUE NAO PODE TIRAR AOS PRIVADOS.
            ISSO VAI DE CADA ENTIDADE PATRONAL.

        2. Devido ao facto dos funcionários da iniciativa privada serem tão bons, é que todos os dias, no país, encerram centenas de empresas! Vão mas é trabalhar, ao invés de virem para aqui debitar ódio aos f. Públicos. Já trabalhei no privado, por isso, sei muito bem do que estou a falar!

      2. diferença no público é pago com os descontos de todos no privado é alguém que quer dar alguma coisa ao empregado sai do bolso do patrão e não dos descontos do povo

    6. atento ao exposto tem se:
      1. q pessoa pode candidatar se a um trabalho na função publica.
      2. as orientacoes no setor publico sao vinculativas no setor privado cabe a cada patrao decidir sendo que tem sempre respeitar no minimo o que a lei geral estabelece.

    7. A maioria das coisas que escreveu estão erradas, na plataforma da BEP todos os dias estão concursos abertos para a função pública, tem bom remédio concorra.
      Após 2007 os funcionários públicos que entraram começaram a descontar para a seg. social, logo o regime é igual para todos, público e privados, o subsídio de almoço da função pública é 6€, do privado é no mínimo 10€, ora 4€ x 22 dias úteis faça as contas.
      Quando é para cortar em alguém, o governo corta nos funcionários públicos, os funcionários públicos tiveram muitos anos as carreiras congeladas, logo não foram aumentados, o privado seguiu os aumentos anuais normalmente, enfim e tantas outras…. actualizem.se

      1. Ora… só dizem o que convém, e às vezes nem a verdade. Sou FP à 4 anos por opção, trabalhei 15 anos no privado e o meu vencimento sempre foi melhor lá… Não quer dizer com isto que queira sair da FP. Quero dizer que quem não está bem, pode tentar mudar. Eu tentei e consegui. Piorei financeiramente mas fiquei melhor psicologicamente… opções…

      2. A Vera, tal como muitos outros que escreveram comentários sobre o subsídio de almoço no privado estão enganado. o subsídio de almoço no privado, a existir, é de 6 euros ou mais, mas sempre que passa de 6 euros é taxado em sede de IRS na parte que excede os tais 6 euros.
        Se for pago em cartão fica isento de IRS até aos 10,20 euros, mas se passar é igualmente taxado.

    8. é realmente muito triste quando funcionarios (publicos ou privados) de um pais disputam os vencimentos atribuidos, esquecendo que existem funcionarios publicos , com mais de 30 e tal anos de carreira, que ainda recebem ordenado minimo exatamente por os consecutivos governos manterem as suas carreiras congeladas, eos respetivos escaloes,quanto aos beneficios de que fala, sao3 mais as nozes que as vozes. acredito que muitos funcionarios do privado tenham uma má remuneração, lamento que assim seja,mas repar somos todos funcionarios de um pais, que nao da5 aos pobres, para poder dar mais aos ricos, esta é a realidade. por isso paremos de nos atacar uns aos outros, e lutemos para que todos tenhamos um salario justo. para podermos sobreviver neste pais onde as diferencas nao sao3 só sobre vencimentos. boa noite.

    9. Nota-se logo que não é funcionária publica, o subsidio de almoço dos funcionários publicos é de 6 euros, o privado paga quase o dobro, e muitas vezes atravez de cartões para não terem desconto sobre esse valor, quanto á reforma antecipada isso não hesiste na função pública, quem quizer reformar- se antes da idade tem as penalizações iguais aos trabalhadores do privado, Diz que um funcionário público dificilmente é despedido, pois mas se tal acontecer não tem direito a subsídio de desemprego, quanto ao trabalhar 35/h semana não são todos muitos trabalham 40 e em caso de necessidade até mais, e não ganham horas extra. Os funcionários públicos tiveram as suas carreiras congeladas bem como os ordenados, durante uma carrada de anos, enquanto os do privado continuaram a ter aumentos salariais anualmente, tiveram o subsidio de refeições congelado em 5.74€ durante anos e quando foram aumentados foi uma fortuna, passou para 6€. Os funcionários publicos não podem fugir nem com centimo aos descontos, os do privado muitas vezes ganham mais do que aquilo que declaram. Mas se acha que ganha mais sendo funcionária pública sempre pode candidatar-se pois há sempre muitos concursos, comcorra e se tiver sorte, vai ver que não é assim tão bom como pensa.

    10. Se ser funcionário público é tão bom e com tantas benesses e regalias, porque não se candidata ao funcionalismo público..!??? Há muitos concursos públicos … é só tentar e passar nas provas…

      1. Quem disse que não se candidatou, as listas de candidatos para a função pública não são como as listas para os privados.
        Acredito que na função pública haja coisas a melhorar no entanto o que o privado exige não é o funcionário público ter os “benefícios” do privado mas sim o privado ser tratado de forma igual ao funcionário público.
        Em relação ao seu comentário também se pode dizer o mesmo se é tão mau estar no público porque não muda para o privado, penso que seria mais fácil arranjar no privado que alguém conseguir arranjar no público, pois também é público que por vezes só com boas e ricas “cunhas” é que se consegue, isto, quando não se trata de concursos abertos já com o propósito de colocar a pessoa x.
        Sinceramente, acho ridículo a indignação dos funcionários públicos quando se fala que têm melhores condições que o privado, é uma realidade, e é certo que as críticas não é para que os funcionários públicos tenham as mesmas condições que o privado, mas sim o privado ter as mesmas condições de o público que pelos vistos é má no entanto muito melhor que o privado……

        1. nunca vi os funcionários do privado a fazerem greve ou manifestações, os FP lutam muito para conseguirem algo por pouco que seja

          1. Nunca viu?????
            Auto Europa, nunca ouviu?Desculpe Ana, uma questão, trabalha no privado?
            E se me responder sim, trabalha numa micro ou média empresa que são a maioria das empresas que existem em Portugal?
            É que multinacionais já se sabe que o fazem e como não são muitas………
            Pense um pouco na realidade empresarial do nosso país e terá a resposta de o porquê de não ver greves no privado, para além de que, a gestão do privado não é feita como é feita no privado.

    11. Boa noite Dona Cristina falou tudo com o seu comentário perfeito e bem elaborado. Pena que o povo não viu isso nao conseguem perceber como e que os políticos são favoráveis ao funcionalismo público pq a maior parte deles são funcionários públicos professores advogados mesmo dentro do estado e médicos enfermeiros. 👍👍

    12. boas e apenas uma opiniao vocês funcionarios publicos e que se estao a contredizer o que esta escrito em cima nao mente digo eu…normalmente a razao da dona Cristina…continuação de um bom dia e que tudo mude para melhor porque mama sai sempre os mesmos o povinho e que fode….enfim e o que temos e o que se passa…volta

    13. Bom dia D. Cristina a senhora esqueceu foi de dizer que à muitos trabalhadores do privado que fojem ao impostos porque os patrões lhes propõem e quando chegam aos 60 anos combinam com o patrão ele despedeo e vai para o fundo de desemprego e reforma por desemprego de longa duração. É outras coisas que não vale a pena estar aqui a falar. Um bom fim de semana para a senhora

      1. Ricardo, é pena que use os argumentos de quem não cumpre a lei para justificar a sua opinião.
        Sabe que um ordenado mínimo tem o custo de 1256 euros mensais para o patrão? Se acrescer o subsídio de almoço são 1376 euros.
        Sabe que num negócio privado bem gerido, depois de pagos todos os encargos (mercadorias, salários, taxas e contribuções e demais despesas) por cada euro o empresário fica com 8 a 10 cêntimos de lucro? e que se tirar esse dinheiro para si pagará mais 28% de imposto, ou seja ficará com 6 a 8 cêntimos?
        Sabe que para ter um lucro de 80 mil euros tem que facturar um milhão?
        São casos distintos, no privado só se premeia o mérito, quer do patrão quer do funcionário, pois sem lucro não há negócio. Na função pública, e porque o estado não despede nem exige cultura de mérito ou excelência, assistimos a uma degradação de serviços públicos.
        Sabe que se o privado gerisse as suas empresas como o Estado gere os seus funcionários, há muito que não haveria Estado?
        Não é por existirem alguns empresários desonestos que todo o empresário é desonesto, mas em grande medida é por não haver honestidade por parte do estado que alguns empresários optam por certas vias.
        Se todo o funcionário público soubesse, tal como acontece no privado, que se não produzisse o que era esperado seria despedido, pode crer que nas mesmas horas produziriam o dobro.
        Rico não é aquele que ganha um bom salário, é aquele que gera valor para o receber.

        1. “Rico não é aquele que ganha um bom salário, é aquele que gera valor para o receber.”
          Um médico, um professor, um juiz, um policia, um militar um funcionário de justiça, um funcionário da AT, e tantos outros não geram valor?
          Meu caro sem serviços públicos não tem economia sã. Sem uma base social forte não há economia que resista.
          Cumprimentos

          1. João, não confunda valor gerado com essencialidade da profissão.
            Um professor gera valor quando um aluno chegar ao mercado de trabalho, o que não diminui a sua importância, o mesmo raciocínio se aplica aos demais exemplos que elencou. Um juíz, um polícia, um médico, um enfermeiro, um funcionário público de qualquer repartição, pela celeridade do seu trabalho, pelo número de atendimentos e situações resolvidas em tempo útil, etc, geram valor económico indirecto, mas não geram valor directamente.
            Não é por isso que devem ganhar menos, mas tal como no privado, deveriam ser recompensados pelo desempenho. No privado não há escalões, há performance, e é isso que resulta em valor gerado.
            Como empresário orgulho-me de ser o mais mal pago da empresa, e tenho colaboradores que auferem mais de 5 mil euros por mês em média. Têm uma contribuição extraordinária, geram valor acrescentado. Quem não gerar valor não tem lugar na empresa, pois se der prejuízo não há negócio nem emprego.
            Já viu o estado despedir? Já viu o estado ou algum organismo de estado falir? Quando o estado injecta capital, é o dinheiro dos impostos dos privados que avança, disso não tenha a menor dúvida.
            Se tenho lucro, pago impostos, se tenho prejuízo, pago na mesma impostos (algo que a maioria não sabe) pois existem tributações para as empresas que apresentam prejuízo.
            Uma base social forte além da igualdade económica terá sempre que ter as mesmas regras de avaliação de desempenho, para público e para privado.
            Acha lógico que duas profissões iguais, com o mesmo salário, uma trabalhe 35 horas semanais (público) e a outra trabalhe 40 horas semanais (privado) ?
            Se queremos igualdade, teremos que a querer em tudo…

    14. concordo com o seu comentário. Se a economia cresceu os salários devem aumentar, seguindo essa linha e não pela inflação prevista que é sempre inferior à real. Os trabalhadores ficam sempre prejudicados.

    15. pois , é que está agendada uma manifestação para a defesa dos seus direitos e tem havido várias formas de luta. os trabalhadores da FP poderão não serem despedidos, mas muitos são vítimas de bullying e discriminação. Quando há greve, descontam no ordenado e isso prejudica toda a gente.Os do privado têm medo de represálias. É normal mas numa empresa de n empregados, vai haver um despedimento coletivo se todos fizeram greve ou se organizarem uma manifestação? Esta pode ser feita fora do horário de trabalho e o patrão não tem nada com isso. Se os trabalhadores estivessem unidos, as coisas seriam mais fáceis

    16. Se existem diferenças entre o sector privado e o sector público em Portugal, e existem, elas já não são assim tão grandes como antes….
      A diferença de 15€ de salário bruto se formos falar de salário líquido que é aquilo que se leva para casa, essa diferença já é menor.
      Em relação aos horários eu troco e fico com as 40horas/semana, só para ter uma pequena noção já cheguei a fazer 240 horas/mês recebi por 180 horas porque a lei não permite pagar mais e banco de horas não há e dizer que não faço não posso porque o estatuto não me permite…. só aqui é um valente incentivo para optarem pelo sector público.
      Em relação às baixas médicas isso depende se estamos a falar de caixa geral de aposentações ou segurança social, isto porque já á mais de 15 anos que os funcionários públicos que entram para o sector público deixaram de entrar na CGA e entram na SS como no sector privado.
      As férias, é verdade que ao fim de 10 anos temos mais um dia de férias, ao fim de 20 temos mais dois dias de férias a juntar aos 22 e aos 30 outro…isto para ser preciso.
      As pré-reformas, é possível solicitar a partir dos 55, mas na prática só a GNR está a conceder e já não é aos 55.
      No direito a greve, desculpe que lhe diga, mas, represálias não são exclusividade do sector privado…existem mecanismos de defesa dos trabalhadores e de defesa do patronato(tribunal arbitral no sector privado nunca ouvi falar), cabe a cada um fazer valer os seus direitos.
      O atendimento público é verdade que cada vez está pior, eu também o sinto enquanto cidadão….mas isso também acontece no sector privado não haja ilusões. É uma questão acima de tudo cultural, de falta de empatia e educação ou a falta dela.
      As diferenças existem, sem dúvida, mas já foram bem maiores acreditem. E em relação a horários volto a dizer eu troco de olhos fechados….

    17. Cara amiga ninguém lhe tira a razão.
      Mas aquilo que eu oiço dizer no setor privado é “os funcionários públicos estão sempre em greve” esquecem é que para estar em greve estão em luta por esses “salários mínimos” aumentarem mas não vejo ninguém do setor privado a fazê-lo agora pergunto porque não vão á luta?

    18. Bom dia, é fácil venha trabalhar para o estado não falta vagas em várias valências e fica com os privilégios do estado…. Temos muitas carência de funcionários…são muito bem-vindos…

    19. O que a sra. Cristina Silva aqui escreve são algumas meuas verdades e uma ou outra mentira (por exemplo não é verdade que a partir do 4° dia de baixa o funcionário público receba 90% do salario. Cono sabe, a Seg. Social só reembolsa 60% do vencimento. Mas se ser funcionário público é assim tão bom como diz, porque não vai voce também trabalhar para a função pública. Onde eles chegaram tambem você pode chegar… e ver por si mesma o que é bom.

    20. É melhor rever o que escreveu. A função publica actualmente rege-se pelo código do trabalho -Lei que aplica a todos os trabalhadores.
      Muitos trabalhadores do Estado e já são muitos estão sujeitos às mesmas regras que se aplicam aos restantes trabalhadores do privado relativamente à Seg Social. E por ultimo não queiram os trabalhadores do privado estarem sujeitos a um SIADAP.
      Cumprimentos

  2. E verdade e bastante notório,e depois da pandemia,as repartições públicas ainda estão pior no atendimento,com a história das marcações.

  3. Grande verdade, D. Cristina Silva, disse tudo. Infelizmente é o país que temos.
    Patrícia Pereira

  4. Muito bem esses comentários todos. Mas se temos essas mais valias lutámos por elas, vamos para a rua, manifestamos nas ruas enquanto muitos ficam nos cafés a criticar os governantes enquanto estes esbanjam milhões do osso dinheiro em taps, bancos e outros. Dia 24 lá estaremos nós uma vez mais na luta. Gostava de saber quantos no privado se vão juntar a nós, pois o pacote laboral é para todos.

    1. Desculpa de mau pagador.
      Se no privado, os sindicatos pagassem o dia como alguns do público, talvez houvesse mais contestação.
      É fácil falar de barriga cheia.

      1. No público também não nos pagam o dia, que faz greve perde o direito á remuneração diária e ao subsídio de almoço, informe.se.

      2. no público o dia de greve é DESCONTADO mais subsídio de almoço, se o funcionário é sindicalizado o sindicato pode lhe pagar o dia ( sindicalizado quer dizer que paga cota ao sindicato, e alguns sindicatos quando á greve podem indemnizar os sindicalizados), ATENÇÃO ao que escrevem.

  5. Um país em que o salário mínimo da função pública é superior ao privado,ficsm os portugueses com a ideia que 750 mil são o garante da economia nacional ou que estes têm boca para comer caviar e beber champanhe e cerca 5 milhões têm boca para chuchar cabeças de carapau e berber vinho carrascao.

    1. Realmente tem razão os descontos dos trabalhadores do Estado são enormes porque declaram tudo o que ganham, não é como no privado que por vezes quase metade do salário é pago em dinheiro por baixo da mesa .

    1. Sempre trabalhei no privado e não envelheci no meu posto de trabalho . Já no público não se pode dizer o mesmo.
      Caros funcionários públicos deem graças a Deus de chegarem a idade de reforma e ainda a trabalhar .

  6. Cristina,
    se no setor público o menor salário atribuído fosse o salário mínimo e se tivessem todas as condições iguais às do privado, o que aliciaria as pessoas a quererem trabalhar no público? O estado na minha opinião deve valorizar os seus trabalhadores quer a nível remuneratório, quer a nível de outras condições, como horários e férias. Não sei se a sua ideia é que os funcionários públicos ganham mais, mas eu sou funcionária publica e ganho bastante menos do que os meus colegas de profissão ganham no privado (para não falar no subsidio de almoço reduzido, como já foi mencionado). O que me aliciou foi precisamente o horário mais reduzido e estabilidade a longo termo. Há vantagens e desvantagens dos dois lados. Em relação às pontes, também não tenho uma folga no meu dia de anos, como se faz em muitas empresas privadas, por exemplo.

    ah, e isto “Os funcionários públicos perdem a totalidade da remuneração nos primeiros três dias, mas a partir do 4º ate ao 30º dia apenas sofrem um corte de 10% no salário”, se está a referir-se a uma baixa medica normal, simplesmente não é verdade.

  7. Se ser funcionário público é tão bom e com tantas benesses e regalias, porque não se candidata ao funcionalismo público..!??? Há muitos concursos públicos … é só tentar e passar nas provas…

  8. Gostava de ver as pessoas que comentam que trabalhar no público é que é bom e que é só benesses, estarem a trabalhar numa escola com mais de 1000 alunos, todos diferentes (características e comportamentos) e unicamente com 28 assistentes operacionais.

  9. Os subvencionados recebem mais do que os que pagam, que piada.
    Em Alemanha os funcionários públicos recebem menos, por terem um trabalho seguro e benéficos e nem podem fazer greve. Em vez ter um rei , temos milhares e o povo tem alimenta-los.

  10. O problema em Portugal é comparar sempre, o que por norma não tem comparação, gostava que a Sra Cristina me soubesse informar se no sector privado foi subtraído subsídios de natal e férias ou se houve congelamento nas carreiras durante 12 anos ???? Na função pública existe uma Lei Orgânica, que por acaso está sob o escrutínio de todo o Povo Português, assim como tabelas salariais, enquanto que no sector privado ninguém sabe muito bem quanto ganham as pessoas apesar de existirem tabelas salariais, o facto é que todos os patrões fogem às contribuições ou pagam salários em cash fazendo com que os mesmos não tenham qualquer incidência fiscal, a partir de 2006 os funcionários públicos passaram a descontar para o SNS como tal, já são muito poucos os que auferem ou beneficiem da CGA, (direito que está consagrado),e mesmo sendo beneficiários da CGA, em caso de acidente em serviço ou doença profissional, não têem direito a qualquer indemnização por parte do Estado se a incapacidade permanente parcial fôr inferior a 29%, enquanto que no privado têm esse direito garantido nem que seja 0,001 %, nem se pode acumular pensões com o salário enquanto se está no activo, já no privado esse direito está consagrado, e se o funcionário público morrer esse dinheiro é redireccionado para o Estado ao invés de ser dado aos familiares directos, no privado é dado aos familiares. Enquanto que no sector privado quase ninguém tem uma progressão por avaliação curricular anual, no sector público existe e até penalizam o trabalhador se não atingir os objectivos, a única verdade que disse foi sobre o ordenado mínimo que usufruem quando entram na função pública, no entanto, posso-lhe garantir que os míseros 14 € de aumento vão penalizar e muito o trabalhador, porque subirá na tabela de descontos do IRS que fará com que seja retido mais do que os 14 euros, enquanto que no sector privado não existe esse tipo de problema por causa da chamada isenção sobre o salário mínimo nacional, em suma, nada do que disse corresponde à verdade nem mesmo a tais ditas “pontes” , porque até neste plano existem profissões tanto no privado como no público que os funcionários têem a obrigatoriedade de continuar a prestar o bom funcionamento das instituições e empresas usufruindo depois das benesses inerentes como está plasmado no Código de Trabalho ou se quiser Lei 503/99, termino a minha opinião parafraseando um ilustre filósofo….” é preciso estudar muito, mas muito, mas muito mesmo, para se saber um pouco”……..Bem haja e seja auto didáctica antes de comentar assuntos que vão muito além da sua esfera habitual.

    1. Sérgio só posso dizer que tem muita razão no que menciona, e quem acha que quer melhor terá mesmo de fazer pela vida seja no privado função pública ou então existe outra solução que é emigrar como um filho meu fez por não se ver a trabalhar em Portugal.

  11. Se existem diferenças entre o sector privado e o sector público em Portugal, e existem, elas já não são assim tão grandes como antes….
    A diferença de 15€ de salário bruto se formos falar de salário líquido que é aquilo que se leva para casa, essa diferença já é menor.
    Em relação aos horários eu troco e fico com as 40horas/semana, só para ter uma pequena noção já cheguei a fazer 240 horas/mês recebi por 180 horas porque a lei não permite pagar mais e banco de horas não há e dizer que não faço não posso porque o estatuto não me permite…. só aqui é um valente incentivo para optarem pelo sector público.
    Em relação às baixas médicas isso depende se estamos a falar de caixa geral de aposentações ou segurança social, isto porque já á mais de 15 anos que os funcionários públicos que entram para o sector público deixaram de entrar na CGA e entram na SS como no sector privado.
    As férias, é verdade que ao fim de 10 anos temos mais um dia de férias, ao fim de 20 temos mais dois dias de férias a juntar aos 22 e aos 30 outro…isto para ser preciso.
    As pré-reformas, é possível solicitar a partir dos 55, mas na prática só a GNR está a conceder e já não é aos 55.
    No direito a greve, desculpe que lhe diga, mas, represálias não são exclusividade do sector privado…existem mecanismos de defesa dos trabalhadores e de defesa do patronato(tribunal arbitral no sector privado nunca ouvi falar), cabe a cada um fazer valer os seus direitos.
    O atendimento público é verdade que cada vez está pior, eu também o sinto enquanto cidadão….mas isso também acontece no sector privado não haja ilusões. É uma questão acima de tudo cultural, de falta de empatia e educação ou a falta dela.
    As diferenças existem, sem dúvida, mas já foram bem maiores acreditem. E em relação a horários volto a dizer eu troco de olhos fechados….

  12. Depois de ler estes comentários, fico com a ideia de que os trabalhadores sejam públicos ou privados que em vez de exigir aos patrões/ governantes melhores ordenados e condições trabalho, passam a vida virados uns contra os outros (os empregadores agradecem). Enquanto não se unirem e exigirem Portugal estará sempre em ultimo lugar na Europa. Já repararam que alguns partidos quando é para tirar direitos se unem. Se eles (partidos) quisessem fazer alguma coisa pelo País poriam de parte as suas ideologias e fariam-no funcionar como os melhores.

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