Economia Portuguesa cresceu mais depressa que a Europeia – 2º trimestre de 2021

A economia portuguesa regressou à convergência com o economia europeia depois de alguns trimestres de afastamento e regista, provavelmente, o maior crescimento homólogo de sempre.

 

Economia Portuguesa cresceu mais depressa que a Europeia

 

De facto, no 2º trimestre de 2021, o PIB português em volume (descontando o efeito da oscilação dos preços) cresceu 15,5% face a igual período de 2020 enquanto que o PIB da União Europeia cresceu mais moderadamente, 13,2%, e o do sub-conjunto dos países que compõem a Zona Euro cresceu 13,7%.

Este crescimento interrompe cinco trimestres consecutivos de queda do PIB em termos homólogos.

Fonte: INE

A economia portuguesa cresceu mais depressa que a Europeia também quando a análise se centra no crescimento face ao trimestre imediatamente anterior (também designado de crescimento em cadeia). A economia portuguesa também se destaca pela positiva ou ter crescido 4,9%, mais do dobro do registado na UE (+2,0%) ou na Zona Euro (+1,9%). De entre os 11 países para os quais já há dados para o 2º trimestre na versão de estimativa rápida, Portugal foi aquele que registou o maior crescimento em cadeia. A Áustria foi o país que mais se aproximou (+4,3%) e o nosso maior parceiro económico, a Espanha, avançou 2,8% para aos primeiros três meses do ano.

Recorde-se que este crescimento do PIB português em cadeia, sucede a uma queda de 3,2% entre o último trimestre de 2020 e o primeiro de 2021.

Em relação à variação homóloga a comparação com os restante 11 países revela que a Espanha (+19,8%), a França (+18,7%) e a Itália (+17,3%) foram os que registaram um ritmo de crescimento superior ao Português, os restantes sete países registaram crescimentos mais inferiores ao Português.

Não havendo ainda muita informação adicional além dos grandes números sobre um trimestre que terminou há pouco mais de um mês, o INE avança contudo com o seguinte:

“O contributo positivo da procura interna para a variação homóloga do PIB acentuou-se e o contributo da procura externa líquida foi menos negativo no 2º trimestre, traduzindo sobretudo o aumento mais significativo das Exportações de Bens. Refira-se ainda que no 2º trimestre de 2021, em termos homólogos, se registou uma perda nos termos de troca, tendo o comportamento do deflator das importações sido influenciado, em larga medida, pelo crescimento pronunciado dos preços dos produtos energéticos.

Comparativamente com o 1º trimestre de 2021, o PIB aumentou 4,9% em volume, mais que compensando a variação em cadeia negativa (-3,2%) observada nesse trimestre. Note-se que, no início do ano, se verificou um confinamento geral devido ao agravamento da pandemia, seguindo-se um plano de reabertura gradual a partir de meados de março.”

Dia 17 de agosto haverá dados revistos e mais detalhados sobre o PIB português e sobre os restantes países da União Europeia.

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