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Série Europa VII: Nem Caridade, nem Solidariedade: Bem Comum

Nem Caridade, nem Solidariedade: Bem Comum é a continuação de Série Europa VI: Gato escondido com Desequilíbrio de Fora.

Os anos passaram e alguns destes mecanismos foram criados, mas sempre com um reforço do distanciamento face à realidade económica no sentido em que a perceção do desequilíbrio ser muito mais estrutural ao desenho da região do que à ética, ideologia e moral de cada estado.

Venceu sempre a condicionalidade, o exacerbamento do mau comportamento, da indisciplina orçamental, sobre o racional económico.

O exemplo que damos é necessariamente uma simplificação, outros fatores como os salários, a política orçamental, o nível de desemprego, a importação e exportação de pessoas, tudo isso desempenha o seu papel e torna a economia uma ciência especialmente complexa e estimulante de estudar e procurar compreender.

Mas para o objetivo desta peça, mantenhamos o exemplo simples. Detenhamo-nos talvez apenas na emigração e imigração para voltarmos ao nosso deve a haver.

Quando um país como Portugal que investiu alguma dezenas ou centenas de milhares de euros na formação de um cidadão, muitas vezes um quadro superior, o perde para a Alemanha no meio de uma processo de austeridade imposto pelas opções ideológicas e as perceções morais desse mesmo país que tem um papel de charneira no processo de decisão europeu, seja essa emigração a título temporário ou definitivo, a verdade é que o país formador, não terá qualquer garantia de retorno no investimento feito e terá perdido capacidade produtivo. Nessa situação, a perda real do valor do investimento em educação e do potencial futuro entra para as contas do deve a haver ou vamos apenas manter a análise ao nível da contribuição líquida para o minúsculo orçamento comunitário?

A verdade é que o que não era um favor, caridade ou solidariedade, ou sequer um esforço adicional, mas antes recursos que automaticamente estavam a ser canalizados do Sul para o Norte, foram sempre ignorados e vistos com óculos disciplinadores e de condescendência.

O sul nunca se conseguirá reformar, deixem-nos sair” chegou a ser o mantra de alguns. Mantra esse que teve alguns inesperados apoiantes entre os que até tinham percebido todo o circuito e as suas falhas, e que viviam no Sul e na periferia, note-se.

Mas a ZE resistiu. O sacrifício impôs-se, o bem comum de ficar foi avaliado como superior o de sair.

Continua e conclui em Série Europa VIII: O princípio do fim ou de uma nova era, Europa?

3 comentários

  1. Discurso de quem sabe que o país está falhado, devido à governação socialista-vírus e pretende escondê-la. Como? Criticando os outros, nomeadamente aqueles que fogem de um país que está num processo de atraso há mais de 40 anos e dominado pela corrupção, nomeadamente a maçónica, que qual hidra, tem braços vis em muitas instituições. Quando é que os portugueses abrem os olhos e deixam de ter uma bovina mentalidade?

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