O valor médio dos novos créditos à habitação aproxima-se dos €100.000 segundo os dados oficiais recolhido pelo INE relativos aos novos crédito subscritos nos últimos três meses. Em concreto o valor médio foi de €98.374 o que representa um aumento face ao registo anterior de €616.
Prestação média está em alta
O valor pago como prestação por estes mesmo novos contratos está também a aumentar (€15) atingindo os €323 em agosto de 2018.
Se se considerar a totalidade dos crédito à habitação e não apenas os subscritos nos últimos três meses, a prestação média é de €242 e o valor médio em dívida é de €52.084.
A taxa de juro implícita para o total dos contratos foi 1,062%, o que representou um ligeiro aumento de 0,2 pontos base face ao apurado em julho. Em função desta taxa de juro, a prestação média de €242 decompõe-se em €45 de juros (19%) e €197 (81%) de amortização de capital.
Taxa de juro implícita sobe e afasta-se do mínimo histórico
Para os novos contratos, a taxa de juro tem vindo a subir nos meses mais recentes (desde junho de 2018 onde atingiram um mínimo) e é significativamente mais elevada do que a registada para a média global, muito provavelmente por utilizar indexantes com taxas mais elevadas (ou mesmo taxas fixas) e por ter embutido spreads superiores.
Os contratos de crédito à habitação subscritos nos últimos três meses tiveram como taxa média 1,495%, mais 2,8 pontos base do que no trimestre terminado em julho.
No gráfico que se segue, preparado pelo INE, sintetiza-se a evolução recente, para toda a carteira de crédito à habitação de todos os bancos, quer do capital em dívida, quer da taxa de juro implícita.
É muito nítida a curva em U com os mínimos a terem sido registados durante o ano de 2017 e com o ano de 2018 a destacar-se pelo incremento do capital médio em dívida e da taxa de juro.
A aceleração da concessão de novos créditos estará a contribuir para este maior dinamismo que, para já, não foi afetado de forma visível pelas novas exigências prudenciais do Banco de Portugal quando à concessão de crédito de que já aqui falámos e que vale a pena recordar: Quais as novas regras dos contratos de crédito à habitação e consumo.