Comissão Europeia terá encoberto escândalo das emissões automóveis

Segundo revela o Financial Times, entre 2011 e 2013, a Comissão Europeia recebeu informação que sinalizava a existência de divergências entre as emissões anunciadas por motores a diesel e as verificadas na realidade. Primeiro, em 2011, via um centro de pesquisas da Comissão Europeia e, mais tarde, em fevereiro de 2013, pelo então comissário europeu do ambiente (Janez Potocnik) que alertou os seus pares sobre indícios de que as emissões dos carros estariam a ser condicionados de modo a produzirem resultados diferentes quando sujeitos a testes específicos, divergindo das emissões geradas em utilização normal. No fundo, o comissário europeu alertou para o problema recentemente denunciado pela agência ambiental norte americana que redundou no reconhecimento da manipulação por parte da Volkwagen.

A Comissão Europeia terá optado por não agir perante as preocupações do comissário do ambiente, mantendo os procedimentos e regras já em vigor. Um dos principais visados face a esta revelação do Financial Times será o comissário europeu da política industrial, Antonio Tajani, e o coletivo da própria Comissão Europeia liderada à data por Durão Barroso. Note-se que os problemas identificados eram indicados como justificativos da incapacidade em se melhorar a qualidade do ar no União Europeia. No fundo, as emissões declaradas deveriam ter melhorado a qualidade do ar em níveis que, na prática, não se estavam a registar.

A credibilidade a indústria e do poder político está a assim a ser questionada. Hoje mesmo a PSA Peugeot defendeu que se realizem testes a todos os seus veículos a diesel em condições reais de modo a garantir a credibilidade dos seus veículos na indústria. Entretanto, a Toyota ultrapassou recentemente a Volkswagen como maior produtor automóvel do mundo.

veeco

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