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O clima económico e alguma notas soltas

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Apesar de ainda ser deprimente olhar para os indicadores de confiança nacionais – quase todos a rondar os mínimos históricos absolutos das respetivas séries temporais – destacamos a informação hoje divulgada pelo INE por sinalizar o quarto mês consecutivo de ligeira recuperação do indicador de clima.

O indicador de clima, calculado desde 1989, registou o valor mais baixo de sempre em fevereiro deste ano, altura a partir da qual parece ter invertido a tendência de longo prazo. São só quatro meses e dos indicadores sectoriais só a confiança dos consumidores parece estar a recuperar, mas há no meio das perguntas efetuadas todos os meses pelo INE algumas a dar indicações um pouco mais positivas. Eis o  gráfico do Indicador de Clima preparado pelo INE:

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Notas soltas:

  • O enquadramento interno e externo faz supor que o segundo trimestre de 2012 terá corrido particularmente mal na zona euro – a coleção de países em recessão deverá ter aumentado;
  • Por outro lado, alguns dos indicadores macroeconómicos determinantes para o nosso comércio externo estão a ter uma evolução desejável para Portugal como seja a desvalorização do euro acompanhada por uma redução do preço do petróleo – veremos consequências positivas desta evolução nos próximos meses?;
  • Da Alemanha chega a notícia de que, apesar da carteira de encomendas estar robusta, muitas empresas estão a retrair-se na contratação de pessoal, tendo o número de desempregados aumentado consecutivamente a um ritmo lento nos últimos meses;
  • Da Eslovénia – um pequeno país com um quinto da população portuguesa e que segundo vários critérios é mais próspero e desenvolvido do que Portugal – ameaça tornar-se no sexto a pedir apoio internacional para gerir a sua dívida – os PIGS serão agora já PIGSC, a caminho de PIGSCE, ameaçando cada vez mais assemelhar-se com alguma extraordinária palavra-comboio da língua alemã;
  • Do conselho europeu que hoje, apesar das expectativas iniciais poderem apontar para algo de decisivo, depois dos últimos dias de “marcação territorial” por parte dos lideres alemães a expectativa é agora de que nada de fundamental se decida;
  • Entretanto a Espanha e a Itália continuam a aproximar-se do cenário de encerramento do acesso aos mercados financeiros da dívida.

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