ETF: um "robot" que rende mais do que um gestor especializado?

Na sequência das conclusões pouco abonatórias para a capacidade dos analistas financeiros em apresentarem, em média, conselhos de investimento aos seus clientes que se revelem vantajosos face oa andamento médio do mercado (Ver “As recomendações dos analistas financeiros podem fazê-lo perder dinheiro?“), destacamos um artigo recente do Diário Económico “Os fundos que andam de mão dada com o mercado” que retrata uma outro aspecto associado desta feita à gestão de activos.

Segundo este artigo, que remete para vários estudos científicos, seguir uma estratégias simples de imitar os índices compósitos de mercado tem-se revelado mais compensador, em média, do que confiar na discricionariedade e critério na composição de uma carteira de investimentos desenhada e gerida por um gestor especializado. Ou seja, comprar ETF que são na prática construções de carteira que tentam imitar ao máximo índices como o PSI 20, o Standard & Poors 500 entre outros tem-se revelado, em muitos caso mais compensador. Eis um excerto da peça do Diário Económico:

“(…) Os ‘exchange-traded funds’ [Fundos de investimento mobiliário] estão a revolucionar a forma de investir e os pequenos investidores têm tudo a ganhar com eles.

Muitos investidores acreditam que a gestão activa dos gestores de fundos de investimento possibilita alcançar resultados melhores que o seu índice de referência, sobretudo em períodos de maior turbulência. E, por essa razão, estão dispostos a pagar comissões de gestão mais elevadas que as exigidas pelos fundos cotados, também conhecidos como ‘exchange-traded funds’ (ETF), que por apenas replicarem um índice de referência não podem oferecer nem mais nem menos do que o mercado dá.

Porém, segundo um estudo desenvolvido pela sociedade gestora Vanguard, nas três das seis crises de mercado ocorridas desde 1970, a maioria dos gestores activos não conseguiu bater o Dow Jones Wilshire 5000, um índice que agrega cinco milhares de companhias norte-americanas.

A Standard & Poor’s conclui também que a maioria dos gestores de fundos não consegue bater o mercado: de acordo com o último relatório “Standard & Poor’s Indices Versus Active Funds Scorecard (SPIVA)”, 57,6% dos fundos de investimento norte-americanos foram incapazes de superar o seu “benchmark” nos últimos cinco anos. (…)”

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