Na Zona Euro e durante o 2º trimestre de 2011, apenas na Grécia (-3,7%), Irlanda (-3,5%) e Portugal (-0,8%) se registaram quedas no custo por hora trabalhada, tendo a média sido de +3,6%. Em termos práticos, observando a competitividade do trabalho apenas por este singelo indicador, poderemos suspeitar que estamos a ganhar competitividade pela redução do preço.
Para determinar o custo global do trabalho são relevantes os salários e os custos não salariais com o emprego (inclui-se aqui a TSU paga pelo patronato). Dividindo esse valor pelo número de horas trabalhadas na economia obtem-se o referido custo por hora trabalhada.
Note-se que no caso Português a componente salarial caiu 1% enquanto a não salarial diminuiu 0,1% no período referido. Em termos sectoriais a queda foi mais intensa nos Serviços e, em menor grau, na Indústria. Na Construção registou-se uma subida do custo por hora. Na Alemanha o custo por hora trabalhada subiu 4,8% no mesmo período.
Nesta equação não entra o produto ou valor acrescentado obtido pelo trabalho realizado e, como tal, não se pode inferir nada de concreto sobre a produtividade.
Pode consultar a nota informativa do Eurostat clicando aqui (em inglês).