Economia & Finanças

Melhores Depósitos a Prazo: Caixa Aforro

Adenda: Infelizmente o pior aconteceu. Tendo tido acesso a um prospecto em papel sobre estes mesmo produtos cheguei a conclusões diferentes. Os prospectos em papel além de indicarem montantes mínimos (100€) e máximos (50000€) esclarecem também sem margem para dúvidas os prémios de liquidez. Infelizmente, a informação na net mantêm-se ainda hoje ambígua. O texto será emendado à luz desta nova informação. Ainda assim as conclusões gerais permanecem.

Abandonei definitivamente a ideia de criar uma listagem os melhores depósitos a prazo a cada momento. Faltam-me os recursos para fazer um trabalho digno, quer em termos de actualização da informação, quer em termos de explorar todos os “truques” comerciais que tantas vezes se escondem atrás de um nome/número pomposo que por vezes se atribui a estes produtos.

Farei, no entanto, outra abordagem: seleccionar regularmente algumas das propostas existentes procurando destacar as que me parecem mais interessantes, submetendo-as à crítica possível.

Começo pelo Caixa Aforro que será alvo a curto prazo de uma significativa campanha publicitário por parte da CGD.

A CGD parece finalmente estar disposta a apresentar uma proposta interessante para a generalidade dos seus clientes e, particularmente interessante para quem por lá detem crédito à habitação. Diria mesmo que aproveitando a onda de descrédito via crescente desinteresse comercial dos certificados de aforro dinamizada pelo único accionista da CGD, esta apresenta um novo produto de aforro que pelas minhas contas supera ligeiramente a nova série dos Certificados de Aforro ultrapassando-os claramente no 4º e 5º ano.

Refiro-me ao Caixa Aforro que remunera depósitos com 80% da Euribor a seis meses no primeiro ano (cerca de 3,65%), subindo progressivamente a taxa para 85% (cerca de 3,83%), 90% (cerca de 4,02%), 95% (cerca de 4,2%) e finalmente 105% (cerca de 4,56%) da Euribor nos 2º, 3º, 4º e 5º e último ano deste produto.

Se, como disse, tiver crédito à habitação junto da CGD, os prémios duplicam traduzindo-se a remuneração final nos 90% (cerca de 4,02%), 95% (cerca de 4,24%), 100% (cerca de 4,46%) e 110% (cerca de 4,91%) da Euribor a 6 meses nos 2º, 3º, 4º e 5º e último ano deste produto. Neste último caso o produto da CGD fica seguramente entre as melhores aplicações de médio prazo disponíveis no mercado para o respectivo nível de risco. Note-se que as taxas de juro anuais apresentadas são aproximadas e sujeitas a oscilação em virtude de estarem indexadas à Euribor a seis meses.

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Em termos de mobilização esta está isenta de penalização de for feita nos momentos de vencimento semestral de juros; com penalização total é possível a qualquer momento. Adicionalmente, disponibiliza-se a possibilidade de capitalizar os juros ou de os receber semestralmente, podendo o cliente alterar essa política a cada seis meses.

Na informação disponibilizada até ao momento não há referência quanto a montantes mínimos e máximos de subscrição.

Conclusão: ainda que não estejam disponibilizadas as recomendáveis fichas técnicas sobre este produto (não me atrevo a chamar ficha técnica à página de onde se retiraram os detalhes que nos levaram a este artigo), salvo erro grosseiro de enunciado ou de entendimento, este parece-me um produto interessante e competitivo. Seguramente entre os melhores disponibilizados e publicitados correntemente no mercado português para poupanças de médio prazo. Aliás, este não é o único promovido pela CGD a merecer atenção como veremos no próximo artigo sobre o Caixa Prémio.

Em colaboração com “As melhores taxas de juro“.

6 comentários

  1. A revista Dinheiro e Direitos costuma publicar um quandro com as melhores contas a prazo em cada numero.

  2. Off topic: é normal ainda não estarem disponíveis os relatórios anuais dos fundos de investimento da Caixagest?

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