Visabeira goes global

Primeiro acampanhámos a Martifer, uma empresa originária do Distrito de Viseu, agora proponho-me ir seguindo a Visabeira, uma das mais significativas empresas (na realidade um grupo com algumas dezenas de empresas) que nasceu nos últimas três décadas no interior do país e também de Viseu.

Goes global? A bem dizer a empresa já tem negócios internacionais há varios anos, o global aqui advem das notícias mais recentes, nomeadamente a que anuncia de forma inequívoca o interesse da Visabeira em entrar na Euronext Lisbon nos primeiros seis meses do próximo ano. O calendário definitivo dependerá da evolução do próprio mercado mas o lançamento de um IPO deixa de ser um rumor: "Visabeira deve entrar em Bolsa pela mão da Caixa (Diário Económico)".

"(…) Algumas das áreas de negócio que integram o universo do grupo Visabeira deverão estar cotadas na Bolsa de Lisboa até ao final do primeiro semestre de 2008. A empresa está prestes a escolher o banco ou bancos de investimento que serão responsáveis pela operação de dispersão de capital, que pode permitir à sociedade colocar 30% a 35% das acções que vierem a estar disponíveis. O banco de investimento da Caixa Geral de Depósitos está na corrida para realizar este IPO (oferta pública inicial).

O DE apurou que está a ser estudada a reorganização das várias áreas de negócio da empresa de Viseu, sendo certo que as telecomunicações e construção farão parte da ‘holding’ que vai ser criada para entrar na Euronext Lisboa. “Ainda não está definido o universo [de empresas] que será objecto de IPO”, disse uma fonte ligada ao processo. (…)"

Nos próximos meses adivinha-se alguma projecção mediática, recordo por exemplo que o maior centro comercial da península (o Palácio do Gelo em Viseu) que será também a sede do grupo deverá estar concluído nos próximos meses. Eis um breve historial da Visabeira segundo os próprios:

"A actividade do Grupo Visabeira teve início em 1980, no sector das telecomunicações e rapidamente se tornou líder nacional nesse mercado com uma actuação em todo o território português, estatuto de liderança absoluta que tem vindo a garantir ao longo dos anos.
O Grupo Visabeira diversificou as suas actividades e internacionalizou a sua actuação garantindo hoje um posicionamento multinacional do seu vasto leque de actividades.
Actualmente o Grupo Visabeira agrega um universo composto por mais de cinco dezenas de empresas com uma actuação e presença multinacional estruturadas nas suas sub-holdings sectoriais: Visabeira Telecomunicações e Construção SGPS; Visabeira Indústria SGPS, Visabeira Imobiliária SGPS, Visabeira Turismo SGPS e Visabeira Serviços SGPS.
A nível internacional assume uma destacada presença que em Moçambique, Angola, Brasil, Espanha, França, Bulgária, México e Marrocos e os seus produtos estão presentes em mais de quatro dezenas de países nos quatro cantos do mundo.
O Grupo Visabeira tem vindo a manter um óptimo desempenho, com um volume de negócios a apresentar um crescimento consolidado que em 2004 superou os 298 milhões de euros. "

Um comentário

  1. Acho que há muitos grupos e capital bastante disperso em Portugal. Tirando o SONAE, espalhado pelo mundo, e a MOta-Engil pouco menos, sáo muitos grupos num país pequeno. Em sectores como faqueiros e porcelanas, é bom que haja pulverização. Atrae capital de fora. Mas em ‘players’, melhor ter 3 ou 4, e só uma por sector. Não há mais espaço para Suíça, o pequeno gigante. Melhor seguir Dinamarca ou Bélgica.

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