Reportagem eleitoral na Califórnia; as outras eleições nos Estados Unidos

No dia em que se anuncia mais um passo na simplificação do processo eleitoral em Portugal (A extinção do Cartão de Eleitor) deixo-vos uma crónica recebida directamente da California pela nossa “correspondente” Cláudia. As fotografias são também de sua autoria.

” Houve aqui eleições para mayor e aproveitam para fazer uns 10 referendos. Vai tudo de cábula na mão porque ninguém se lembra de cor no que é queria votar… na terça feira, das 7 da manhã às 9 da noite.

O facto mais fascinante é que há um local para votar para cada 1000 habitantes porque suas excelências são calazeirões e não tão para ir longe botar o boto. Ou seja, na falta de locais públicos, improvisa-se uma mesa de voto na garagem do poll worker mais próximo 😀

É o máximo. Eu até disse que nem em África. 😀

E depois têm máquinas para ler os boletins. Mas os resultados só estão prontos passados duas semanas porque as máquinas têm de ser todas auditadas para garantir que está tudo bem. Como há muita gente que vota pelo correio, esses votos manuais já estão contados. Os outros tá quieto.

A malta que está na mesa de voto são voluntários e estudantes – que passam o tempo a jogar às cartas, como podes ver. Os voluntários recebem 120 dólares e os estudantes créditos. Quando chegámos estavam a perguntar qual era o nome do tipo que tinha saído porque se tinham esquecido de riscar na lista. Fabuloso.

Tenho aqui um panfleto da CNE cá do sítio para te levar. É fascinante.
Os referendos são prospostos por qualquer pessoa desde que reuna um certo número de assinaturas. E depois recebes em casa um caderno com o texto legal de cada proposta, um resumo da proposta e depois pequenos textos dos partidos – meia página – a dizer porque é que são a favor ou contra. E depois uma secção de pagantes – qualquer Zé pode fazê-lo – que se dão ao trabalho de escrever a sua opinião e de publicá-la.

Este foi o primeiro ano em que foi proibido colar billboards ou qualquer tipo de papel nas ruas. Foi uma campanha muito limpinha. Eu cá se recebesse este caderninho em casa em Portugal nem os debates via.

E pronto, foi o Claudia National Geographic – San Francisco Elections
Special.”

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