Conhecidos os novos escalões do IRS para 2024 do governo da AD fomos fazer as conta a quanto será o novo corte no IRS a acrescentar ao já em vigor desde janeiro de 2024.
Realizámos uma simulação de uma forma muito sucinta e simplificada. Não considerámos a dimensão do agregado familiar, o número de titulares, uma eventual redução da retenção e do reembolso de IRS. Por outro lado, utilizámos o ponto máximo de cada escalão de IRS para apurar o imposto.
Feito isto, chegámos à conclusão que, de facto, no 1º escalão de rendimento, o corte adicional mensal deverá ser inferior a €2, rondando os €1,60. Recorde-se que o 1º escalão abrangem quem tem rendimentos coletáveis até aos €7703.
No entanto, se avançarmos até ao 8º escalão, o corte mensal deverá rondar os €245. No 8º escalão estão os contribuintes com rendimento coletável até aos €81.199.
Este último corte também se aplica ao 9º escalão.
Veja mais detalhes em baixo, para cada escalão.
Descida do IRS da AD e do OE 2024, em euros por mês e por ano
Na tabela em baixo é possível acompanhar a referida simulação simplificada do impacto das duas descidas de IRS que ocorreram em 2024. Uma já em vigor desde 1 de janeiro, e inscrita no Orçamento do Estado para 2024 e outra anunciada pelo novo governo em meado de abril de 2024 e que terá efeitos também para todo o ano de 2024.
Segundo o novo governo da AD, esta nova descida produzirá efeitos em junho ou julho, quando se publicarem as novas tabelas de IRS para o cálculo das retenções mensais na fonte.
Observando a tabela, constata-se que o essencial do corte do IRS em 2024 está já em vigor e inscrito no Orçamento do Estado. De facto, se considerarmos os cortes em vigor, anunciados por cada escalão, verifica-se que o corte representará mais de 80% do corte total para a grande maioria dos contribuintes que estão situados antes do 6º escalão.
E mesmo para os contribuintes do 6º e 7º escalão, o corte adicional que é agora realizado, será inferior àquele de que já estão a beneficiar desde o início de 2024. Esta constatação resulta do facto de quem está nos escalões mais elevados absorver todas as descidas que também beneficiam os escalões mais baixos. E assim, no 6º e no 7º escalão, o acumulado das descidas do 1º ao 5º de que estão a beneficiar desde janeiro é superior aos cortes adicionais agora garantidos.
Quanto ao 8º e 9º escalões verifica-se que o corte agora preconizado representará 57,6% do corte total de IRS de que beneficiarão pelo efeito combinado da redução de IRS prevista no OE 2024 e no corte complementar do novo governo.
Sem surpresa, serão também estes escalões aqueles de que beneficiarão do maior corte de IRS em valor. Efetivamente, beneficiarão de um corte adicional de cerca de €3000 no IRS que se soma aos €2165 já garantidos em janeiro. Este corte global de €5103 compara com cortes bem mais modestos para a classe média (tipicamente concentrada nos primeiros quatro ou cinco primeiros escalões).
Recorde-se que 42% dos portugueses não têm rendimentos suficientes para pagar IRS (pequenas reformas, salários parciais, pequenos prestadores de serviços, etc). E recorde-se igualmente que nos últimos dois escalões se incluem percentagens muito pequenas da população, inferiores a 2%.
Isto é só o início do que vai acontecer com a AD. O povo tem memória curta,é embora noutras circunstâncias foi o que fez Passos Coelho e Paulo Portas. Esperem para ver… Pena que estás “medidas” do Governo, não se apliquem só aos que Votaram na AD. O Golpe do dito Marcelo (pessoa que não mostrou ser sério, mais os Seus Cúmplices da PGR), Não possam ser Punidos com pena de Prisão Máxima, pois isto que eles fizeram Foi um Golpe de Estado. Pessoas sem ética nem carácter. É já agora, onde estão as Centrais Sindicais que tanto Protestaram com o Governo Anterior? Tudo a mesma Escumalha. Este País que é Portugal nunca, mas nunca, será um País de Gente Séria, a Comandar os nossos Destinos.