Os dados harmonizados mais recentes preparado pelo Eurostat – organismo da Comissão Europeia – referem-se a 2019 e revelam que apenas 4 países da UE têm menos empregados do Estado do que Portugal em percentagem da respetiva população empregada.
Em 2019, Portugal era o 5º país com a percentagem mais reduzida de empregados pelo Estado no emprego total mais baixa em 27 estados membros (cerca de 14% quando a média rondava os 18%). Apenas a Alemanha (11%), Países Baixos e Luxemburgo (ambos com 12%) e a Itália (13%) registavam percentagem inferiores. Imediatamente a seguir a Portugal surgia a Irlanda e a Espanha com 15%. Mais dados no Eurostat, aqui.
Estes dados não se terão alterado significativamente nos últimos ano e meio. Ainda assim não há dados oficiais para os restantes países. Já Em Portugal, segundo os dados mais recentes de setembro de 2021, havia 14,9% do total de empregados a trabalhar para o Estado. Ou seja, 724 673 pessoas, das quais 545 842 trabalhavam para a administração central. Os restantes cerca de 179 mil distribuiam-se pela administração local e regional.
Note-se que neste valores incluem-se não só os funcionários públicos mas também trabalhadores com contrato individual de trabalho bem como trabalhadores com contratos a termo incerto e contratados a prazo.
O setor das administrações públicas representava 7,0% da população total e 13,9% da
população ativa.
Especificamente quanto à Administração Central, eis como se distribuia o contingente por áreas de governo e principais categorias profissionais.
Mais dados no Síntese Estatística de Emprego Público. Destaque-se que a Direção Geral da Administração e do Emprego Público passou a divulgar um quadro interaitivo que promete vir a enriquecer onde é possível visualizar a informação detalhada selecionando áreas governativas, categorias profissionais, datas, entre outros. Pode consultar aqui.
Do total de cerca de 724 mil empregados do estado praticamente 84 mil tinham vínculo precário (11,5%). Do total de empregados públicos na Educação, 14,6% eram precários, uma percentagem próxima do que se passa no setor da saúde (14,4%) , valores superiores à média global mas, ainda assim, muito inferiores aos 30,6% registado na Defesa Nacional ou aos 32,7% registado na Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Há significativamente mais precários na Administração Central (13,7%) do que na Administração Local e Regional (5,4%).