A Zona Euro é a continuação Série Europa III: O meu excedente será sempre o teu défice
A entrada na Zona Euro permitiu estabilizar a moeda que serve a nossa economia pois esta passou a ser comum a economias fracas e fortes. Especular contra a moeda comum passou a ser muito mais arriscado e ganhou-se menos incerteza.
Ganhou-se também um acesso muito mais fácil ao crédito pois a própria redução do risco de a moeda colapsar (à conta de um mau governo, ou mesmo de algo mais sério como uma catástrofe natural ou de uma pandemia) dava garantias aos credores que não exigiam juro tão elevados como no passado.
mas não se ganhou, pelo contrário, perdeu-se. Um Banco Central com poder para funcionar como emissor de último recurso aos Estados. Foi embutido nos tratados europeus que este seria um Banco Central com menos poderes do que um Banco Central clássico, como os que existiram até 31 de dezembro de 1998.
A independência face ao poder político tinha que ser total e o recurso a emissão de moeda para financiar dívida estritamente proibido em qualquer circunstância. Uma limitação que se mantém e que hoje, mais do que nunca, tem sido fator de diferenciação limitativa da Zona Euro face a qualquer outro bloco nacional com quem concorre e se relaciona.
O Euro, moeda comum, desligou também o mecanismo de reequilíbrio entre fracos e fortes de que falámos em cima e houve a consciência, mas apenas parcial, de que seria necessário substituir esse mecanismo por alguma forma alternativa de reequilíbrio. E foi aqui juntamente com o facto de haver diferenças muito importantes entre as várias economias do Euro que tudo começou a correr mal.
Continua em Série Europa V: Os Fundos Rasos