A TAP quadruplica emissão de obrigações 2019-2023 na sequência da forte procura a que esta emissão de obrigações foi sujeita.
Tal como indicámos no artigo “Obrigações TAP 2019-2023 – TAP emite € 50 milhões em obrigações” a TAP pretendia captar €50 milhões no mercado obrigacionista, obrigações essas que irão estar em mercado na Euronext Lisbon. O valor passará agora para €200 Milhões.
O juro oferecido antes de descontadas comissões e impostos é de 4,375% e os títulos podem ser subscritos até às 12h00m ou 15h00m do dia 18 de junho de 2019 (consoantes se tratem de Segmento Profissionais e Contrapartes Elegíveis ou Segmento Geral, respetivamente).
A emissão passa assim das iniciais 50.000 obrigações para as 200.00, sendo que a subscrição mínima será de €1000 (correspondente ao valor de uma obrigação).
Esta aumento era uma prerrogativa do emitente e veio responder à forte procura registada, procurando assim reduzir o rateio a que os investidores iriam ser sujeitos. A empresa aceita assim aumentar as suas responsabilidade, aumentando igualmente a sua captação de crédito que irá destinar aos vários objetivos descritos no prospeto da emissão .
Recordamos que os bancos colocadores são: ActivoBank, o Banco Best, o Banco L.J. Carregosa, o Banco Montepio, o Bankinter, o CaixaBI, a CCCAM, a CGD, o Haitong Bank, o Millennium bcp e o Novo Banco.
Os interessandos podem comparar os custos cobrados por cada um desses bancos efetuando simulações no o simulador de empréstimos obrigacionistas da CMVM.
Terminamos este artigo recuperando um excerto do artigo anterior sobre o assunto.
Que riscos corro?
Além dos riscos genéricos associados a este tip ode operações, o prospeto do empréstimo assinala vários outros referentes ao negócio concreto da TAP e à própria empresa. Terminamos esta peça com a lista de alguns deles que poderá detalhar, como dissemos lendo o prospeto. Sublinha-se ainda que esse exercício pode ser um boa forma de ficar a conhecer um pouco melhor o sector de atividade da empresa que está a colocar o empréstimo.
- Risco relacionado com a flutuação do preço e disponibilidade dos combustíveis
- Risco resultante da desaceleração económica
- Risco de sazonalidade das receitas e das vendas
- Risco resultante da existência de custos fixos elevados
- Risco da diminuição ou alteração da procura
- Risco da concorrência de outras companhias aéreas
- Risco resultante da dependência da tecnologia
- Risco nos acordos de partilha de código com companhias aéreas
- Risco resultante da ocorrência de eventos externos
- Risco resultante dos constrangimentos no Hub de Lisboa
- Risco de perda de slots (faixas horárias)
- Risco relativo à manutenção de aeronaves
- Riscos relacionados com os fabricantes de aeronaves utilizadas pela TAP
- Risco de problemas com fornecedores
- Risco de implementação do programa de renovação da frota
- Risco de execução do programa de fidelidade Miles&Go
- Risco regulatório
- Risco ambiental
- Risco de taxa de juro
- Risco cambial
- Risco de liquidez
- Risco relacionado com a IFRS 16
- Risco fiscal
- Risco de litígios
- Risco de insuficiência dos Planos de Pensões/Saúde
- Risco resultante da instabilidade laboral
- Risco relacionado com o recrutamento de pessoal qualificado
- Risco relacionado com o controlo interno
- Risco de corrupção e branqueamento de capitais
- Riscos relacionados com o cumprimento de obrigações legais relativas a dados pessoais
- Risco relacionado com a situação financeira do Acionista Único
Este artigo faz parte da rúbrica Investidor Informado.