PIB nominal cresceu 4,1% em 2017

Além de confirmar que a taxa e crescimento anual, real, do PIB, em 2017, foi de 2,7% (1,6% em 2016) o INE divulgou a 28 de fevereiro de 2018, pela primeira vez, a informação com detalhe suficiente para se poder calcular a taxa de crescimento nominal do PIB, um valor importante para apurar o peso do défice e da dívida pública no PIB. Assim, é possível apurar que o PIB cresceu 4,1% em 2017 em termos nominais superando ligeiramente os € 193 mil milhões.

Este ritmo de crescimento é o mais elevado desde 2007, ano em que a taxa de crescimento anual nominal foi de 5,5%.

Este 4,1% comparam com uma previsão de crescimento do défice público que deverá ficar aquém dos 1,3%. Se não se registarem aumentos da dívida pública que não sejam considerados para efeitos do défice, e atendendo a que o serviço da dívida estará em queda devido à redução da taxa média  de juro da dívida vincenda, com o défice a crescer muito mais devagar do que o PIB nominal, é de esperar que se registe uma queda significativa do peso da dívida (e do défice) no PIB.

Na prática, se esta situação se prolongar durante vários anos, poderemos ter aumentos nominais da dívida (a dívida em euros estar a crescer) e, ainda assim, a dívida ser mais sustentável pois implicará um menor esforço da riqueza gerada em cada ano para a dívida poder ser gerida sem implicações negativa na perceção de risco do país.

Crítico para o sucesso de uma estratégia de redução do peso da dívida será sempre a utilização eficiente dos recursos que terão de continuar a gerar riqueza e crescimento económico a um ritmo mais acelerado do que o implícito no défice e nos juros da dívida.

Fonte: INE

Pode encontrar mais detalhes sobre as evolução das componentes do PIB em 2017 no destaque do INE.

Um excerto:

O Investimento aumentou 8,4% em termos reais em 2017 (0,8% em 2016), refletindo a aceleração da Formação Bruta em Capital Fixo (FBCF) para uma taxa de variação de 9,0% (1,5% em 2016), enquanto a Variação de Existências apresentou um contributo ligeiramente negativo para a variação do PIB, à semelhança do verificado em 2016.

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