Classe Média - Dados de 2016

Linha da Beira Baixa completa em 2018

O comboio vai regressar à cidade da Guarda através de uma ligação à linha da Beira Baixa em finais de 2018. Além de se reestabelecer o troço de linha entre a Covilhã é a Guarda, o caderno de encargos da obra a iniciar-se em 2017 deverá ainda incluir uma ligação adicional à linha da Beira Alta (e a Espanha).

 

Ligação entre a Covilhã e a Guarda nove anos depois

Quando a ligação ferroviária com a abertura prevista para o final de 2018 for retomada deverão ter passado nove anos desde o encerramento da ligação em março de 2009. Poder-se-á então dizer que a Linha da Beira Baixa completa em 2018, novamente. Desde 2009 apenas se renovou o troço entre Caria e Belmonte, o mais simples de concretizar por não ser salpicado pelas várias obras de arte (aproximadamente duas dezenas, entre pontes e tuneis) que caracterizam os pouco mais de 46 quilómetro de trajeto pelas encostas junto ao maciço da Serra da Estrela por onde serpenteia o rio Zêzere.

Com a ligação à Guarda e o reforço da ligação à fronteira espanhola fica garantido um trajeto mais curto, potencialmente mais rápido, em ferrovia entre Lisboa e a Europa, contribuindo para o descongestionamento da Linha do Norte e Linha da Beira Alta. Permitirá ainda maior ousadia nas necessárias obras na Linha da beira Alta dado que passará a haver uma alternativa para o tráfego internacional, fiável, durante o período em que a linha da Beira Alta tenha de ser encerrada para obras. Fica também garantida a ligação potencial por ferrovia entre três capitais de distrito da zona da Serra da Estrela – Castelo Branco, Guarda e Viseu – sem esquecer a cidade da Covilhã que tem revelado especial dinamismo na última década, após vários anos de maiores dificuldades de desenvolvimento.

A consubstanciar o investimento público, destaca-se a Portaria n.º 542-A/2016 dos ministérios das Finanças e do Planeamento e das Infraestruturas que veio definir que “Autoriza a Infraestruturas de Portugal, S. A., a proceder à repartição de Encargos relativos ao contrato da Linha da Beira Baixa – Troço Covilhã/Guarda – «Empreitada Geral de Modernização do Troço Covilhã/Guarda – Trabalhos de Construção civil, Via e Catenária, Pontes e RCT+TP»

O investimento de base previsto é de €65 milhões e deverá estender-se por três exercícios económicos: 2017, 2018 e 2019 (sendo o investimento previsto para 2019 residual). E segundo se pode ler o sítio da Infraestrutura de Portugal:

“O projeto compreende atuações ao nível da via, das terraplenagens e drenagens, das estações e das passagens de nível, instalação de sinalização eletrónica e telecomunicações e eletrificação, dotando toda a Linha da Beira Baixa de novas condições de exploração. “

A linha em causa é particularmente desafiante do ponto de vista da urografia, envolvendo a necessidade de reparação de várias pontes e, provavelmente, algum reforço da encosta, entre outros.

 

Linha da Beira Baixa – Covilhã Guarda

A linha da Beira Baixa compreende cerca de 240 quilómetros de extensão que se iniciam no Entroncamento e se estendem até à Guarda. Foi inaugurada em três troços, o primeiro em 1862 (Entroncamento-Abrantes), o segundo em 1891 (entre Abrantes e Covilhã) e o terceiro, entre a Covilhã e a Guarda em 1893.

A linha da Beira-baixa encontra-se presentemente eletrificada (totalmente, até à Covilhã, desde 2011) e em operação até à cidade da Covilhã, devendo a modernização da linha até à Guarda estar concluída até 2018. É possível utilizar o serviço Intercidades com paragem nas cidades servidas pela linha e o serviço regional que tem paragem em todas as estações a apeadeiros.

Sobre a linha da Beira Baixa deixamos ainda um vídeo do Jornal Reconquista, sobre os 125 anos da linha que se celebram em 2016.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *