Na divulgação da Conta Satélite da Saúde feita pelo INE, conclui-se que há cinco anos que as despesas de saúde pesam cada vez menos no PIB (calculado em termos nominais). Segundo o INE:
“Desde 2010 que a despesa corrente em saúde tem registado taxas de crescimento nominais inferiores às do PIB. Na década anterior, esta situação só se tinha verificado em 2006 e 2007. Em 2013, o PIB voltou a crescer (0,6%) enquanto a despesa corrente em saúde diminuiu 1,6%. Para 2014 estima-se que a despesa corrente em saúde tenha aumentado 1,3%, registando uma taxa de crescimento inferior à do PIB (2,2%).”
A forte queda da despesa corrente pública iniciada em 2010 parece ter sido interrompida em 2013 tendo se registado um ligeiro aumento de 0,9 pontos percentuais da importância relativa da despesa corrente suportada pelos agentes financiadores públicos (66,6%). Em 2014 (dados preliminares), contudo, o peso da despesa corrente privada voltou novamente a aumentar ainda que de forma igualmente ligeira. Como consequência espera-se uma descida ainda mais ligeira do peso da despesa corrente pública (para os 66,2%).
O INE destaca ainda que, entre os 20 países da União Europeia que divulgam dados, há seis países em que a Despesa corrente em saúde em percentagem do PIB supera a situação em Portugal (dados de 2012), a saber por ordem decrescente:
Holanda, França, Bélgica, Alemanha, Dinamarca e Áustria. Grécia, Espanha e Suécia surgem logo a seguir a Portugal com valores muito próximos.
Note-se que as contas satélite permitem obter informação mais detalhada sobre os vários setores de atividade, auxiliando de forma preciosa na tomada de decisão política e na avaliação das políticas seguidas. Durante os últimos anos, o INE em articulação com o Eurostat têm vindo a alargar o leque de áreas cobertas.