Quantos são os funcionários públicos e quanto recebem? (2012)

Sabes quantos são os funcionários públicos e quanto recebem?

Segundo os dados mais recentes da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público, relativos ao segundo trimestre de 2012, existiam em Portugal 605 212 funcionários públicos distribuídos numa relação de 74,7% na Administração Central e os restantes na Administração Local e Regional. Em cada 100 empregados cerca de 13 são funcionários públicos (15,4 para cada 100 mulheres empregadas e 10,7 para cada 100 homens empregados. O número de funcionários públicos diminuiu 1,4% em seis meses.

Um funcionário público recebe, em média, uma remuneração mensal base de €1394,4 e aufere um ganho médio mensal de €1578,2.

Com rendimento médio mais baixo destaca-se a categoria de “Assist. operacional/operário/auxiliar” que tem um ganho médio mensal de €740,4; com rendimento médio mais elevado destaca-se (a grande distância de outras categorias) a categoria de “Diplomata” com um ganho médio mensal de €8 124,6. O leque salarial médio aproximado será assim de cerca de 10,9 vezes (era de 11,4 vezes em outubro de 2011).

Pode consultar as estatísticas mais detalhadas aqui (Funcionários Públicos em Junho de 2012) e, quem sabe, pôr à prova alguns mitos…

Quadro da DGAEP

Note que iremos atualizar regularmente estes dados continuando a anslisar frequentemente os boletins trimestrais da DGAEP.

3 comentários

  1. Se a matemática não me falha, existe então algo como 1 funcionário público para cada 18 portugueses. Impressionante, hem? E mesmo assim o atendimento ao público fica quase sempre aquém do desejado/esperado!

  2. De facto tudo isto é muito relativo. O funcionalismo público em termos muito gerais é uma modalidade de emprego igual às outras. Todos nós precisamos de documentos e serviços essenciais e apenas a cargo do estado e como tal toda esta actividade tem de ser remunerada e com o mínimo de dignidade.
    Mas não me venham com tretas, onde vão buscar essas médias? Remuneração mensal base de €1394,4 ??!! Eu sou FP (sim é verdade mais um reles FP que tem de trabalhar, mas calma eu também faço descontos…) e ganho 1000 eur certos e se faltar nem isso recebo e metade desse vencimento vai para casa. Por isso não me venham dizer que ganho uma fortuna nem que estas médias dizem que os FP ganham fortunas. Façam as médias como devem ser, porque os médicos também são FP, os Professores são FP, os ministros, os grandes gestores de empresas de empresas do estado… E isso tudo inflaciona.
    Porque que regalias tenho eu? Que grandes beneficios tenho eu? O que tenho é de trabalhar e ganhar uma remuneração por isso, nem mais. E não ganho assim tanto.
    Quanto ao excesso de funcionários públicos que tanto se fala (Pedro Cardoso), sim isso é verdade, mas ainda assim é relativo. Os nosso governantes e chefes intermédios que tenham vergonha e comecem de facto a trabalhar. Pois existem secções que não têm pessoas e ninguém tem tensões de ir “recrutar” a outros departamentos do estado onde há excedente. E o que me dizem é que são todos maus e é preferível daqui a 1/2 anos encher ainda mais o estado com novos FP porque é melhor. Tenham vergonha, então quem colocou no estado esse grande excedente não teve em consideração se eram bons ou maus? Então mas e são todos maus? ninguém se aproveita? nenhum chefe quer é ter o trabalho de recrutar de outras secções/departamentos/ministérios e se não trabalharem não querem chatear-se e fazer processos. Admite-se os funcionários ganharem dinheiro e não trabalharem e ninguém querer saber e depois recruta-se ainda mais??????????
    Sim, é verdade assim existem serviços que continuam sem pessoal, o atendimento uma vergonha e os FP a aumentarem que é uma loucura.
    Se eu fosse ministro/chefe só lá estava 1 mês punham-me logo a andar para não me mexer com tantos interesses…

  3. Não há excesso de funcionários públicos. Essa é uma falácia recorrente. Só a Alemanha e Espanha têm uma percentagem do emprego público, em relação ao emprego total inferior a Portugal. Vejam o estudo da DGAEP “Estudo comparado de regimes de emprego público de países europeus”.

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