Ministério do Ambiente entra no mercado das águas e lança “L’eau du robinet”

Apesar da brincadeira no título, somos fãs da nova medida implementada pelo Ministério da Ambiente  e que medida é? Substituir a distribuição de água engarrafada durante o expediente habitual do ministério (incluindo conferências e seminários) por água da torneira. Sendo esse um produto de elevada qualidade e representando um investimento colossal e milenar para a comunidade, porquê insistir em distribuir água engarrafa como se vivessemos num país com problemas de abastecimento ou de qualidade na água canalizada? Não é de todo infrequente em seminários e conferências internacionais de países e de Estados bem mais ricos que o nosso, estarem disponíveis belíssimas peças de vidro (ou nem tanto) reluzentes com água canalizada nas mesas dos conferencistas.

De uma penada reduz-se pegada ecológica (o engarrafamento, o transporte e o próprio vasilhame da água canalizada são muitos significativos neste aspecto) como se reduz a factura financeira, se rentabiliza a capacidade instalada e se promove mais um factor de pressão para garantir que os padrões de qualidade da água canalizada se mantenham elevados. Há até quem advogue vantagens para a saúde… Beber água engarrafada parece assim ser um capricho de novo-rico… O que é que o Estado (local, regional e autónomo) está à espera para generalizar esta prática?

Quanto à indústria da águas, poderá perder um cliente importante mas nos últimos anos tem sabido diversificar os seus produtos, talvez consiga superar com sucesso e alguma mudança de escala, uma eventual mudança de paradigma.

Um comentário

  1. Sabendo como se consome qualquer plafon do estado não me admira que o orçamento de água engarrafada seja substituido por Jarras de Cristal…

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