Medidas do Memorando de entendimento FMI/BCE/UE/Portugal – Inclui ligação para a versão integral traduzida (clique aqui – via Aventar).
O Expresso acaba de divulgar aquela que parece ser uma versão final ou muito próxima disso do memorando de entendimento entre o FMI, BCE, UE e Portugal relativo ao apoio financeiro. Não damos garantias de ser a versão final (gato escaldado…) mas aqui fica a ligação para o documento: Memorando de entendimento FMI/BCE/UE/Portugal (alojado no servidor do Jornal Expresso). O blogue Aventar está a truduzir integralmente esta versão do Memorando para Português (clique aqui para aceder).
Alguns tópicos (em actualização):
Medidas com Impacto em 2012:
- Redução da dimensão e eliminação de serviços inúteis e redundantes;
- Criação de uma unidade fiscal única do Estado;
- Congelamento salarial na função pública até 2012 com restrições às progressões nas carreiras;
- Promoção da mobilidade na administração central, regional e local;
- Redução das pensões acima dos 1500€;
- Redução das transferências para as administrações locais e regionais;
- Privatizações de quase todas as empresas a operar em mercados concorrênciais que ainda estão na posse do Estado (ou nas quais ainda há participações) – BPN, CTT, ANA; TAP, EDP, REFER, Seguros da CGD, etc;
- Rever os esquemas de compensação e fringe benefits em instituições do Estado que têm autonomia financeira;
- Redução muito expressiva do orçamento da ADSE (30% no primeiro em 2012, 20% em 2013,…);
- Trabalhadores independentes (inclui recibos verdes) passarão a ter direito a subsídio de desemprego;
- O subsídio de desemprego terá um limiar máximo mais baixo (1048€ = 2,5 vezes o IAS) e deverá ser reduzido no tempo para não mais de 18 meses;
- O despedimento deverá poder ser accionado por razões referentes à falta de cumprimento de objectivos determinados pelo empregador;
- O período mínimo de descontos para aceder ao subsídio de desemprego passa de 15 para 12 meses;
- Redução dos valores das indemnizações por despedimento para 20 dias por ano de trabalho num máximo de 12 meses (10 dias pagos pelo empregador e 10 dias pagos por um fundo criado pelos trabalhadores);
- Reduzir o universo de bens e serviços elegíveis para isenções fiscais;
- Redução das deduções fiscais às empresas com:
- eliminação de todas as taxas reduzidas,
- limitação do reporte de menos-valias a 3 exercícios, e
- redução da vantagem fiscal às empresas localizadas nas regiões autónomas, etc
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Redução dos benefícios fiscais dos indivíduos com:
- Definição de limites máximos de deduções fiscais por escalões;
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Definição de limites máximos de deduções fiscais por tipo de despesa, nomeadamente:
- Limitando deduções nas despesas de saúde;
- Limitando aos juros e rendas com habitação própria as deduções fiscais relativas à habitação devendo este benefícios ser também gradualmente reduzido no tempo;
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- Aplicação de IRS a todas as transferências sociais (inclui-se aqui abonos, licença de maternidade/paternidade/parental, etc);
- Aproximação do IRS dos pensionistas ao da população activa;
- Aumento do IMI e redução do período de isenção;
- Redução das isenções de IVA;
- Transferência de bens e serviços para a categorias de IVA mais elevadas;
- Aumento de impostos sobre a venda de automóveis, tabaco e electricidade indexando as revisões fiscais em anos subsequentes à variação da inflação subsjacente.
Medidas com Impacto em 2013 e 2014:
- Redução da despesa de funcionamento da administração do Estado;
- Redução do número de funcionários do Estado em 1% na administração central e em 2% nas autarquias;
- Manutenção da suspensão da actualização das pensões com excepção das pensões mais baixas;
- Redução adicional dos benefícios fiscais e deduções a empresas e particulares;
- Actualização do valor atribuido aos imóveis de modo a aumentar as receitas com o IMI;
- Afectar as transferências para a adminitração local de modo a garantir que contribuem para a consolidação orçamental;
Detalhes adicionais:
- Redução das autarquias em 20% em 2012 e mais 20% em 2013;
- Reforço em 30% dos recursos atribuidos à auditoria de âmbito fiscal (via transferências de pessoal);
- Criação de task forces que incluem juízes para casos que envolvem mais 1 milhão de euros;
- Reforço do Fundo de Garantia de Depósitos;
- Reforço dos programas de apoio à insolvência familiar e empresarial;
- Garantia do Estado à banca para emissão de obrigações de até 35 mil milhões de euros;
- Bancos devem garantir rácios de capital Tier 1 de 9% até ao fim de 2011 e de Tier 1 de 10% até ao final de 2012;
- Financiamento de 12 mil milhões de euros para apoio a bancos que tenham dificuldade em cumprir com as exigências de capital;
- Atribuição de maior prioridade de reembolso, a depositantes e detentores de fundos em caso de insolvência bancária;
- Redução dem 15% dos cargos de chefia na administração;
- Escrutínio de todo o universo do Estado com vista a racionalização;
- Alterações legais que enquadrem a criação de fundações, asspcoações e outras entidades por parte da administração central ou local;
- Aumento das taxas moderadoras;
- Redução dos casos de isenção de despesas de saúde afectando-os à Condição de Recursos;
- Estabelecimento de aumentos indexados à inflação para as taxas moderadoras;
- Corte das deduções fiscais em despesas de saúde em 66% (incluindo seguros de saúde);
- Redução dos preços dos medicamentos, incluindo genéricos, alterando o método de cálculo;
- Fiscalização reforçada da prescrição de medicamentos e eliminação das barreiras à entrada de medicamentos genéricos;
- Redução das margens comerciais das farmácias;
- Redução do IMT;
- Alterações no mercado de arrendamento com recurso à via extrajudicial para agilizar a resolução de conflitos;
temos de facto um 1º ministro impar até consegui-o dar a volta ao fmi a redução na despesa é muito leve e sei bem que estas medidas não são suficientes até porque a aposta no crescimento é utópica até os países emergentes já não crescem o sr. socrates é fantástico como é que ele foi capaz de ter o ministro das finanças ao pé dele no comunicado .. Eu que até estava com pena do sr.teixeira dos santos por ir para o desemprego fiquei mais animado porque o sr, t eixeira tem emprego garantido no rossio a fazer de homem estátua ou quiçá numa companhia de teatro infantil a fazer o papel de bébé zangado…