O INE divulgou hoje os dados provisórios da esperança de vida aos 65 anos, tornado possível estimar qual vai ser o factor de sustentabilidade a aplicar às pensões de quem se venha a reformar em 2012, ou seja, será possível determinar que, por via de ganhos ou perdas da esperança de vida, é necessário trabalhar mais tempo para se ter direito à reforma sem que haja penalizações. A esperança de vida tem vindo de facto a aumentar. Em 2012, sem mais tempo a trabalhar, a perda de pensão será de 3,92%.
EMV 65 | Variação | Factor de sustentabilidade | Corte % nas pensões | |
2011 | 18,62 | 0,812 | 0,961 | 3,92 |
2010 | 18,47 | 1,539 | 0,969 | 3,14 |
2009 | 18,19 | 0,331 | 0,984 | 1,65 |
2008 | 18,13 | 0,778 | 0,987 | 1,32 |
2007 | 17,99 | 0,559 | 0,994 | |
2006 | 17,89 |
A forma de evitar essa penalização é trabalhar mais alguns meses: cerca de mais um ano se tem entre 15 a 24 anos de descontos.
As taxas de bonificação mensal (quanto acresce à sua reforma por cada mês de trabalho além da idade limite de reforma) podem ser consultados em baixo ou na fonte: escalões das taxas de bonificação mensal das pensões.
Taxa de Bonificação Mensal | ||
Situação do Beneficiário | ||
Idade do Trabalhador | Carreira Contributiva (em anos) | Taxa de Bonificação Mensal |
Superior a 65 anos | 15 a 24 | 0,33% |
25 a 34 | 0,50% | |
35 a 39 | 0,65% | |
Superior a 40 | 1,00% |
Um exemplo, se tem entre 15 a 24 anos de descontos e atinge o limite da reforma em 2011, vai perder 3,14% da pensão devido ao factor de sustentabilidade das pensões. Como recebe mais 0,33% da pensão por cada mês que trabalha além da idade limite da reforma (ver os escalões acima indicados) terá de trabalhar cerca de 12 meses (3,92/0,33=11,9) para repor o que iria perder.
o duro é que isso acaba atrapalhando até mesmo o trabalhores e empresas.