Economia paralela em Portugal vai nos 19% do PIB (dados Visa)

A edição de 2011 do estudo“The Shadow Economy in Europe” patrocinado pela Visa Europa, dá indicações genéricas de que a economia paralela (ou informal) está em crescimento um pouco por toda a Europa. Na sua análise onde acompanham todos os países da União Europeia (e não só) identificam três regiões com perfis de economia paralela distintos:

  • A Europa Ocidental com nível de economia informal reduzido (mínimos no Luxemburgo e Áustria, 8% do PIB – Alemanha 14%);
  • A Europa do Sul onde Portugal e Espanha estão ligeiramente abaixo de média da União (19% contra 19,5% de média) e onde a Itália (22%) e, em particular, a Grécia (25%) fazem a ponte com o resto da Europa, ou seja,
  • A Europa de Leste onde é comum encontrar países em que a economia paralela gera 30% ou mais do PIB.

Para Portugal (e Itália) identificam-se os médicos, advogados e outros profissionais liberais como impulsionadores do fenómeno (entre outros).

4 comentários

  1. Olhe que não, olhe que não… Comparando com as edições anteriores do mesmo estudo, está a baixar (20% em 2010).
    IsabelPS

  2. A bem dizer, baixou noutros países também (não sei dizer se foi em todo o lado, o que indicaria uma qualquer mudança de metodologia, mas pelo menos em vários que verifiquei.
    A questão, parece-me, é que este estudo (patrocinado pela Visa) não inclui nem o autoconsumo nem as “trocas” (coisa em que, presumo, a Visa não está interessada). A OCDE, pelo que percebo, inclui ambas as coisas (o que até terá alguma lógica se for para ter uma ideia mais precisa da riqueza real produzida), o que depois resulta nos números que foram apresentados num estudo português da ordem dos 20 e tal por cento. Até aqui, tudo bem. O problema é a utilização que se faz dos números: de um modo geral, para dizer que os portugueses são uns vígaros por natureza, ao invés dos virtuosos nórdicos (por acaso, o tal Schenider tem um estudo bastante interessante sobre os alemães – 14% – e o que eles pensam da evasão fiscal).
    Ora, eu não sei se os números da economia paralela estimados pela OCDE estão a aumentar, mas se se baseiam no autoconsumo e nas trocas directas, só tenho uma coisa a dizer: “Abençoados!”.

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