Em menos de 4 anos recebemos 3 milhões de visitantes únicos, um terço do quais nos últimos seis meses mas não, não temos nenhum visitante no bolso. O título é uma desmontagem da seriedade talvez excessiva que por aqui reina habitualmente.
Esta página que lêem é um blogue, feito por (muito poucas) pessoas que seguem o princípio de escrever aqui uma parte do que também gostariam de ler em termos informativos. Só mantendo fidelidade a este princípio hedonista se consegue sustentar esta actividade amadora durante quase 4 anos. Por vezes há opinião, muitas outras aquilo que se pode chamar de jornalismo sem carteira ou de cidadão, episodicamente haverá ainda algum disparate como o do título, com o propósito já sublinhado.
A simples tarefa de procurar divulgar as respostas e a informação que nos parece útil, é quanto baste para ser uma fórmula de sucesso à escala de um blogue. Desde que surgimos, vimos nascer dezenas de sítios igualmente amadores na internet, a seguirem um percurso paralelo ao nosso ou mesmo mimético, e vimos tanto o Jornal de Negócios como o Diário Económico (os dois órgãos de informação diária especializados em Economia & Finanças em Portugal) criarem os respectivos guias do investidor ou de finanças pessoais, reagindo assim a esse nicho de interesse (com potencial económico inegável) que andava um pouco desleixado e entregue aos amadores e amantes do jornalismo de cidadão.
Dito isto parece evidente que continua a haver um espaço e justificação para continuarmos.
“Todo o economista é um leigo e todo o leigo é economia” é o nosso mote desde finais de 2006, um lema muito anterior à crise financeira e à época de tiro ao melro ao economista entretanto iniciada e, contudo, o lema, esse mesmo, ajusta-se perfeitamente ao tempo que temos. Talvez por quem aqui escreve ser essencialmente indivíduo com formação económica, o lema nunca chocou ninguém da casa: o esforço de humildade é matéria há muito evidente como uma necessidade mal provida entre muitos dos representantes desta ciência social ou que se fazem passar como tal. Mas vamos aprendendo.
Não sabemos se algum dia, fruto de alguma surpresa ou empenhamento virtuoso, deixaremos de ser duplamente amadores (de técnica e de coração) mas tentaremos conservar sempre o máximo de independência e de transparência. Ter toda a gente a ser capaz de usar do livre arbítrio pessoal, dotado de informação e competência analítica e podendo veicular a sua síntese ou perplexidade sem penalizações (dentro dos limites do respeito mútuo) de forma transparente e franca já seria uma conquista incalculável para toda a humanidade. Talvez uma das mais cativantes utopias.
Entretanto, vamos deixar de olhar para as estatísticas de tráfego por uns tempos para que não cai sobre nós a pressão de termos 6000 pessoas quase todos os dias a virem aqui espreitar alguma coisa do que já escrevemos. E já chega de prosa sobre o umbigo!
Da minha parte voltarei esporadicamente, quando o tempo o permitir. Deixo aos incansáveis Mapari, Mónica, Frederico Licínio e Álvaro de Campos a tarefa de prosseguir navegando aqui e no “Onde estão os Números?“. Ah! Sem esquecer o António Lisboa e a Carla Geraldes no “Viagens no Espaço“, um dos irmãos mais novos do Economia & Finanças que nos vai dando novidades sobre turísmo, transportes, viagens e afins (uns afins geralmente muito apetitosos e pacificadores). Fiquem bem!
Queria desta forma expressar os meus mais sinceros Parabéns ao Blog e à sua equipa pelo trabalho desenvolvido desde os seus 4 anos de vida.
Quanto a mim, sou seguidor do vosso triângulo “Bloguistico” com muito gosto e interesse. Tenho pena de não ser seguidor à tanto tempo (confesso que ainda não perfaz um ano), mas à 4 anos estava a acabar o meu primeiro ano de universidade em Economia e como tal, a minha problematização económica ainda não era apurada o suficiente para procurar Blogues e/ou opinião económica que não desse de caras comigo.
Estou bastante satisfeito com o vosso trabalho e espero que os números de visitantes apenas vos incentive a não fecharem o Blog e manterem-no actualizado e interessante como tem vindo a ser desde então.
Parabéns e continuação de um óptimo trabalho!!!
Cumps
Gonçalo, obrigado pelas palavras e pelo incentivo. Não deixe de criticar e participar da forma que melhor entender.
Para já a nossa intenção é claramente continuar!
Abraço