Taxa de inflação para 2011

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O governo inscreveu na sua proposta de Orçamento de Estado uma previsão para a taxa de inflação em 2011 de 2,2%. Recordo que, neste momento, com o consumo privado a definhar, a taxa de inflação (Setembro de 2010) está em 0,6% mas com fortes indicações de rapidamente atingir, pelo menos, os 1,9% que tem sido o valor registado em termos homólogos nos últimos meses.

Ou seja, a expectativa dos 2,2% admitindo uma evolução serena dos preços a nível internacional dificilmente será atingida a menos que se perspectivem tensões deflacionistas em alguns agregados importantes. Porquê? O simples efeito de subida dos preços no consumidor imputável ao expressivo aumento do IVA em vários produtos relevantes na estrutura de despesa dos consumidores finais, além do incremento genérico em 2 pontos percentuais da taxa normal de IVA, acrescido ainda dos aumentos numa profusão de taxas que incidem sobre diversos produtos e serviços, levar-nos-iam a esperar um impacto muito significativo nos preços.

Haverá margem para os vendedores absorverem esses aumentos reduzindo as suas margens de lucro e, ainda assim, garantindo a sustentabilidade do seus negócios? Se houver forte retracção do consumo teremos risco de cair numa espiral deflacionista?

A expectativa de evolução de preços dos combustíveis não é de descida…

Prever a inflação é sempre uma tarefa complexa e altamente falível mas, nós por cá não apostaríamos nos 2,2%. Deverá ser superior.

 Em todo o caso, a última previsão conhecida do Banco de Portugal para 2011, no seu Boletim de Outuno foi inferior: 1,8%.

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