Retorno dos Certificados do Tesouro aproxima-se dos 7% | Dezembro de 2010

Quem subscrever certificados do tesouro ao longo do mês de Dezembro receberá como retorno taxas significativamente mais altas do que em meses anteriores, particularmente a taxa para um certificado de tesouro que atinja o seu termo natural (10 anos) será de 6,5% brutos.

“Para as subscrições de certificados do Tesouro em Dezembro de 2010 a:

  • Taxa ilíquida dos juros distribuídos anualmente do 1.º ao 5.º ano – 1,50%;
  • Taxa ilíquida de juro anual garantida para uma aplicação a 5 anos – 5,40%;
  • Taxa ilíquida de juro anual garantida para uma aplicação a 10 anos – 6,50%

Note-se que a taxa dos certificados do tesouro tem vindo a subir à conta da percepção de um aumento do risco associado à dívida pública portuguesa, imputado pelo mercado internacional. Ou seja, as obrigações do tesouro português só são adquiridas no mercado se o Estado português oferecer cerca de 7% em juros. Os aforradores acham que é cada mais provável que possam vir a perder uma parte do dinheiro que emprestam a Portugal, daí exigirem mais juros que compensem o risco de uma perda efectiva do investimento feito.

E você corre risco ao emprestar dinheiro ao Estado Português? Claro que sim! Tal como corre riscos ao constituir um depósitos a prazo, ou ao guardar o dinheiro no colchão, poderão ser riscos diferentes, mas nunca é nulo. Espera-se é que um português comum, que trabalhe e faça a sua vida por cá, confie mais do que qualquer outro potencial investidor, no seu próprio Estado e, no limite na economia do seu país, até porque, tem algum poder para influenciar a governação económica do país e, claro, mais importante ainda, a menos que literalmente emigre ou faça emigrar os seus rendimentos, em caso de incumprimento do Estado com as suas obrigações de crédito, os cidadãos, aforradores de certificados do tesouro ou não, acabarão por receber a devida factura dos custos e perdas incorridos. Afinal,  para o bem e para o mal, o Estado somos nós, por acção e/ou por omissão.

Voltando ao tema do artigo,  já actualizámos o nosso simulador para certificados do tesouro com as taxas aplicáveis em Dezembro.

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