Com a recente divulgação pelo INE da esperança de vida aos 65 anos, já é possível estimar qual vai ser o factor de sustentabilidade a aplicar às pensões de quem se venha a reformar em 2011, ou seja, será possível determinar se, por via de ganhos ou perdas da esperança de vida, é necessário trabalhar mais ou menos tempo para se ter direito à reforma sem que haja penalizações. Como a esperança de vida tem vindo de facto a aumentar – aumentou 3,14% entre 2008 e 2010, sem mais tempo a trabalhar (e a descontar para a reforma) todos os trabalhadores elegíveis perderão uma parte das pensões, os tais 3,14%.
A forma de evitar essa penalização é trabalhar mais alguns meses: 4 meses se tem 40 ou mais anos de descontos ou 10 meses se tem entre 15 a 24 anos de descontos.
As taxas de bonificação mensal (quanto acresce à sua reforma por cada mês de trabalho além da idade limite de reforma) podem ser consultados em baixo ou na fonte: escalões das taxas de bonificação mensal das pensões.
Taxa de Bonificação Mensal | ||
Situação do Beneficiário | ||
Idade do Trabalhador | Carreira Contributiva (em anos) | Taxa de Bonificação Mensal |
Superior a 65 anos | 15 a 24 | 0,33% |
25 a 34 | 0,50% | |
35 a 39 | 0,65% | |
Superior a 40 | 1,00% |
Um exemplo, se tem entre 15 a 24 anos de descontos e atinge o limite da reforma em 2011, vai perder 3,14% da pensão devido ao factor de sustentabilidade das pensões. Como recebe mais 0,33% da pensão por cada mês que trabalha além da idade limite da reforma (ver os escalões acima indicados) terá de trabalhar cerca de 10 meses (3,14/0,33=9,5) para repor o que iria perder.
Tenho gostado muito de todos os dados consultados tem-me sido muito úteis Obrigada pelo bom trabalho