18% dos portugueses são pobres em termos monetários

Na ausência de algumas condições técnicas e de interesse político em promover estudos com indicadores um pouco mais ambiciosos sobre o conhecimento multidimensional da pobreza, o INE lá vai apurando uma vez por ano uma bateria muito razoável de indicadores tendo por base o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento (EU-SILC); uma recolha em que conta já com alguns anos. A exploração dos dados recolhidos é algo limitada mas vai permitindo ir acompanhando os grandes números associados ao fenómeno. A sociedade civil que lhes deite a mão e que vá um pouco mais longe; garanto que a fonte de informação justifica o investimento.

Eis a súmula feita pelo INE tendo por base os dados de 2006.

“O Instituto Nacional de Estatística apresenta os principais indicadores sobre o risco de pobreza e a desigualdade na distribuição dos rendimentos monetários a partir dos resultados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento (EU-SILC) realizado em 2006.
De acordo com este inquérito, a população residente em situação de risco de pobreza era de 18% em 2006 (20% de acordo com o inquérito de 2004 e 19% em 2005).
A distribuição dos rendimentos caracterizava-se por uma acentuada desigualdade: o rendimento dos 20% da população com maior rendimento era 6,8 vezes o rendimento dos 20% da população com menor rendimento (6,9 nos dois anos anteriores).
À semelhança de 2005, o impacto das transferências sociais (excluindo pensões) na redução da taxa de risco de pobreza em 2006 foi de 7 pontos percentuais.”

Texto integral aqui.

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