Centros comerciais: mais imaginação, mais satisfação localizada e muita “ginástica”

Ainda há duas semanas aqui sublinhei esta realidade: “Mais retalho a inaugurar lá para quando batermos no fundo da crise?“, hoje o Jornal Expresso recorda-nos alguns números:

“(…) Até ao final de 2009 serão inaugurados 15 novos centros comerciais em Portugal, totalizando uma área de 700 mil metros quadrados.

O maior de todos será o Dolce Vita Tejo, na Amadora, com uma área de 122 mil metros quadrados de área, seguido do Dolce Vita Braga (com 75 mil m2), ambos propriedade da empresa espanhola Chamartín Imobiliária.

Actualmente Portugal tem já perto de três milhões de metros quadrados de áreas comerciais.

Os dados são avançados pela empresa de consultoria Cushman & Wakefield que refere ainda que Portugal deve estabelecer em 2008 um máximo histórico, em termos de novas aberturas de centros comerciais: “Este crescimento mantém-se em contra-ciclo com a situação que se vive no mercado, não só no que diz respeito ao consumo nacional, como também no que se refere à evidente retracção nos planos de expansão dos retalhistas”.”

Estes investimentos foram planeados há alguns anos, mas mesmo assim não consigo deixar de me espantar com a euforia que terá apadrinhado estudos de mercado viabilizadores para os múltiplos negócios. Hoje é apenas um pouco mais fácil dizer que provavelmente estavamos à beira do abismo e demos um passo em frente. Será que a queda inevitável no retorno deste tipo de investimentos não será de tal ordem que torne um número significativo inviável.  Eis uma excelente prova porque terão de passar os gestores de todos estes espaços.

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