A partir de de 9 de janeiro, as transferências bancárias imediatas ficam com preço igual ou inferior ao das transferências bancárias normais.
Recapitulando; em setembro de 2018 surgiram as transferências bancárias imediatas, que demoram 10 segundos a processar, mas podiam ter um custo adicional face às transferências normais (que por vezes demoram um ou vários dias a serem processadas, dependendo do dia da semana e das entidades bancárias envolvidas).
Depois, em 2024, surgiram as transferências bancárias via número de telemóvel (não, não é o MBWay, é um serviço público, gratuito, o MBWay é privado). Foi quando o correu o lançamento do SPIN – Identificador para Derivação de Conta que passou a permitir a realização de uma transferência bancária via número de telemóvel (para as pessoas singulares) ou via NIPC – Número de Identificação de Pessoa Coletiva (para as empresas). E passou também a permitir a divulgação da identificação do beneficiário da transferência antes de se dar a ordem final, reduzindo o risco de erro.
Transferências bancárias imediatas com preço igual ou inferior
Agora, o Banco de Portugal dá mais um passo, adotando a legislação comunitária e impõe um alinhamento do preço em que é obrigatório as transferências bancárias imediatas terem o mesmo preço ou um preço inferior face às transferências normais.
Tipicamente, as primeiras eram mais caras do que as segundas, sendo estas últimas, muitas vezes gratuitas ou integradas sem limite de número, por mês, em pacotes base, para os clientes bancários.
Além desta regulamentação, o Banco de Portugal informa ainda de mais algumas novidades que passamos a citar:
Também a partir de hoje, os bancos têm de permitir que os seus clientes recebam transferências imediatas nas suas contas. Esta obrigação aplica-se mesmo que o banco ainda não possibilite a emissão de transferências imediatas.
A partir de 9 de outubro de 2025, os bancos estão obrigados a permitir que os seus clientes iniciem transferências imediatas e a disponibilizar-lhes um serviço de confirmação do beneficiário.
O Banco de Portugal parece estar genuinamente empenhado em tornar as transferências imediatas o padrão (atualmente são apenas 7% do total) e tem uma página dedicada no seu sítio ao tema para quem queria mais alguns detalhes (contém vídeo explicativo).
Finalmente! Uma decisão que é de aplaudir e muito! Agora é verificar se os bancos vão cumprir ou vão conseguir encontrar mais qualquer alínea para não implementarem esta decisão e ficarem com o dinheiro dos seus clientes em tesouraria durante uns dias, o que convenhamos lhes dá muito jeito!