As boas intenções quando armadas de informação incompleta ou errada podem ser um sarilho e ter um efeito exatamente oposto ao desejado. Hoje trazemos um pequeno exemplo sobre as regras de reciclagem que, apesar de não ser uma novidade, estamos em crer que ainda não é de conhecimento generalizado. Referimo-nos ao facto de nem todo o vidro ter lugar no vidrão.
As campanhas iniciais de promoção dos vidrões, aqueles que foram dos primeiros instrumentos massificados de tentativa de reciclagem junto dos particulares, podem ajudar a explicar porque é que tanto estão convencidos de que todo o vidro deve ser depositado no vidrão. Na verdade, não é assim.
Se por azar partir vidros em casa como copos, janelas, saladeiras, pirex, garrafas de cristal, lâmpadas, frascos de perfumes ou espelhos ou se simplesmente pretender deixar de os usar e quiser colocar no lixo, fique a saber que o lugar destes tipos de vidro não é no vidrão.
Note que a decisão não tem nada a ver com o facto das peças de vidro estarem ou não partidas, afinal, as garrafas quando entram no vidrão raramente ficam inteiras, a questão está relacionada com o tipo de vidro que é diferente do que se pretende reciclar.
O objetivo do vidrão é recolher vidro de embalagens, tipicamente garrafas, boiões, frascos de vidro (de compotas, de misturas solúveis, conservas). Trata-se de um vidro que recebe um tratamento similar, com ponto de fusão semelhante e que, sendo homogéneo, facilmente se recicla sendo reaproveitado para o mesmo fim.
Se no meio do vidro das embalagens surgir outro com outra composição química, ponto de fusão diferente, o lote deixa de ser homogéneo e o tratamento de reaproveitamento deixará de ser adequado resultando num vidro impróprio para voltar a desempenhar o seu papel como garrafa.
Ou seja, a boa intenção de reaproveitar e reciclar todo o vidro, misturando garrafas com outros tipos de vidro, pode arruinar uma quantidade considerável de vidro de embalagem que terá que ser descartado.
Em suma:
- Vidro de garrafas de bebidas, frascos e boiões de alimentos no vidrão;
- Outros vidros no caixote de lixo doméstico indiferenciado, de preferência colocado num cartão para evitar ferir quem processa o lixo.
Boas reciclagens!
Boa Tarde
Atenção à descrição do material reciclável!
Existe incoerência entre os materiais recicláveis incluídos na vossa lista e os incluídos na listagem da quercus.
Sendo difícil fazer a escolha certa ao menos que quando consultamos a informação a mesma seja coerente entre todas as fontes
A lista que usámos é a da Sociedade Ponto Verde que faz a recolha em parte da área metropolitana de Lisboa.
O vidro não reciclável vai para o contentor do lixo doméstico indiferenciado.
Qem vai à lixeira retirar o vidro?
Quem acredita que o pessoal da reciclagem vai retirar o dito vidro da lixeira?
Não seria mais cordato haver um contentor, ao lado dos outros, para o recolher?
Ou, vão aguardar pelo século XXII para o fazer?