O subsídio de desemprego aumenta 10% em 2018, a partir do 7º mês de atribuição, na sequência de uma alteração à proposta de Orçamento do Estado para 2018 que resultou de propostas do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista Português que vieram a obter suporte do Partido Socialista. Este aumento resulta da reversão de um corte implementado em 2012, pelo governo do PSD/CDS.
Sublinhe-se que este corte de 10% já havia sido mitigado no decurso do ano de 2017 (desde 1 de junho) mas apenas para subsídios de desemprego inferiores ao Indexante de Apoios Sociais (IAS) ou que após o corte não atinjam o valor do IAS, ou seja, inferiores a €421,32. Esta alteração de junho terá afetado positivamente mais de 130 mil desempregados, um pouco mais de metade dos cidadãos que estavam a receber a prestação. Segundo informação prestado a 29 de novembro, pelo governo, serão 91 mil os desempregados que irão beneficiar do fim do corte do subsídio a partir do sétimo mês, ou seja, que passarão a receber mais 10% do que até agora.
Os dados mais recentes à data em que escrevemos o presente artigo, para o número total de beneficiários do subsídio de desemprego era de pouco mais de 180 mil pessoas. Um valor em forte queda há vários meses, fruto da criação de emprego que se tem mantido particularmente dinâmica em 2017. Dados da Segurança Social.
A partir de 1 de janeiro, todos os atuais e futuros beneficiários do subsídio de desemprego deixarão de ter este corte de 10% que surgia ao fim de seis meses a receber o subsídio. Na prática, para quem já esteja a sofrer esse corte, deixará de o ter a partir de 1 de janeiro, tendo assim um aumento da prestação.
Em breve o sítio a Segurança Social deverá apresentar alteração à sua página sobre subsídio de desemprego, bem como uma revisão do guia prático sobre o subsídio de desemprego, ambas fontes de informação qu recomendamos a quem procure esclarecimentos sobre esta prestação social.
Bom Dia
Bom, a notícia é falaciosa. Senão vejamos. Em primeiro lugar, o título é completamente enganador. Se o objectivo é obter cliques, então a manobra de marketing consegue o objectivo…mas perde no conteúdo e vai na afectar a credibilidade do site. É que, em abono da verdade, todos sabemos que o Subsídio de Desemprego (SD) não vai aumentar, apenas não reduz os 10% ao fim de seis meses. Ora, quando se escreve “para quem já esteja a sofrer esse corte, deixará de o ter a partir de 1 de janeiro, tendo assim um aumento da prestação”, isso não corresponde à realidade. O que acontece a estes desempregados é que, efectivamente, deixam de ter o corte de 10%, MANTENDO o valor que estavam a receber, i-é, não vão ter “um aumento da prestação”, como escrevem, porque não há, de facto, qualquer aumento.
Depois, conviria que quem escreve soubesse…escrever. Eis ao que me refiro: “A partir de 1 de janeiro, todos os atuais e futuros beneficiários do subsídio de desemprego deixaram de ter este corte de 10%”. Ai deixaram? A partir de 1 de Janeiro (de 2018) e deixaram, no passado? Ou será que queriam escrever deixarão? Ah… pois, deixaram e deixarão não são a mesma coisa, um é no passado, outro é no futuro, mas quem escreve (e edita) deveria saber escrever português. Mas pronto, lá conseguiram mais um clique!
Óscar, podemos então dizer que o subsídio de desemprego nunca diminuiu? É que se agora “apenas não reduz os 10% ao fim de seis meses”, antes apenas não aumentava ao fim de seis meses. Jogamos com as palavras mas a verdade é que em 2012 passou a haver um corte e com isso o subsídio diminuiu. Agora ao eliminar-se o corte, o subsídio aumenta. Em janeiro, quem estava com o corte deixa de estar e passa a receber MAIS 10%. para nós receber mais é aumentar. para si é o quê? Onde é que estamos a enganar quem lê?
gostamos muito de críticas e comentários e de com isso melhorar quando achamos que é o o caso. Neste em concreto, mantemos o que dizemos, quer no título, quer no corpo do artigo onde descrevemos com detalhe toda a cadeia de eventos relevantes desde 2012. Corrigiremos o tempo verbal, naturalmente. Em todo o caso, obrigado.