Depois de alguma desaceleração em agosto, a grande maioria das indicadores relativos à atividade turística voltaram a acelerar com especial destaque para as dormidas de residente e, principalmente, para o ritmo de crescimento dos proveitos.
Em setembro houve 2,1 milhões de hospedes responsáveis por 5,9 milhões de dormidas nas estabelecimento de hotelaria em Portugal. Estes valores representaram uma aceleração face a agosto quando se comparam meses homólogos. Houve mais 7,5% e 6,5% de hóspedes e dormidas, respetivamente, em setembro de 2016 face a igual mês de 2015 (tinhamos tido 3,6% e 4,2%, respetivamente, em agosto).
Para esta evolução contribuiu em especial o mercado interno que depois de um ligeira queda retomou o crescimento em setembro (4,9% de dormidas).
O dado mais expressivo da bateria de indicadores divulgada pelo INE sobre a atividade turística em setembro de 2016 é o que se refere à evolução dos proveitos. O crescimento de dois dígitos apurado ao longo de vários meses sofreu um incremento adicional em setembro, com os proveitos totais a aumentarem 16,5% e os de aposento 16,2% (+12,9% e +14,3%, respetivamente, em agosto de 2016).
Origem de turistas ajuda a explicar aumento dos proveitos
O INE analisou a evolução das dormidas tendo por base os mercados emissores e verificou que alguns dos mercados mais relevantes em volume mas menos atrativos em termos de proveitos gerados desaceleraram em setembro enquanto que outros, mais direcionados para turismo de maior qualidade e mais caro, aumentaram.
Isto aliado a alguma subida generalizada dos preços, ainda corrigindo o esmagamento de margens registado nos anos de crise, e que agora acompanha o crescimento da procura juntamente com alguma diferenciação crescente dos serviços de hotelaria, justificarão o aumento dos proveitos que avançam claramente acima do ritmo de crescimento dos hóspedes e dormidas.