O indicador de confiança dos consumidores confiança retoma tendência ascendente em maio 2016 segundo os dados mais recentes dos Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores divulgados pelo INE.
Confiança Retoma Tendência Ascendente em Maio 2016:
Consumidores:
O indicador de confiança dos consumidores, depois de ter estabilizado no mês anterior, em maio prolongou a tendência crescente iniciada em 2013. O INE detalha o seguinte:
“o comportamento do indicador resultou do contributo positivo do saldo das perspetivas relativas à evolução da situação económica do país, da situação financeira do agregado familiar e da poupança, enquanto as perspetivas da evolução do desemprego contribuíram negativamente”
Empresas:
O nível das empresas o saldo global também é positivo com o indicador de clima económico do INE aumentou pelo terceiro mês consecutivo encerrando de forma clara o período de queda de confiança registado entre outubro de 2015 e fevereiro de 2016. A revelar particular dinamismo em termos de progressão dos níveis de confiança estão os empresários do Comércio e da Construção e Obras Públicas. O indicador registou quedas no Comércio e na Indústria Transformadora registou uma queda.
A evolução em maio parece consistente com a entrada num período de maior confiança que se terá iniciado com a clarificação política e com a perspetiva de estabilização da política orçamental desde março, na sequência da discussão e aprovação do Orçamento do Estado. A situação económica internacional viu as perspetivas degradarem-se no início do ano mas terá também estabilizado. A este respeito vale a pena averiguar como estão a evoluir a perspetivas de carteira de encomendas para os próximos meses nos diversos setores.
Na Indústria Transformadora, apesar da queda no indicador global de confiança, as opiniões sobre a evolução da procura global e sobre os stocks de produtos acabados contribuíam positivamente para a evolução registada. Nos dados do INE habitualmente corrigidos da sazonalidade e alisados com uma média móvel de três meses, o pior mês do trimestre é claramente março, tendo a situação melhorado em abril e maio na maioria dos indicadores. Considerando apenas a correção da sazonalidade e não alisando os dados com uma média, o indicador de confiança na indústria transformadora passou de -2,7 em março para -1,8 em abril e para -1,7 em maio. A menos que junho seja um mês inesperadamente mau (como março) há forte probabilidade de também na indústria transformadora se registarem aumento da confiança muito em breve.
Já na Construção foram as perspetivas de emprego que mais contribuíram para a melhoria da confiança tendo a carteira de encomendas evoluído negativamente.
No Comércio todas as variáveis chave melhoraram ainda que de forma moderada tendo o mês de abril sido o mais elevado das médias móveis de três meses e março o pior. As melhorias em maio registaram-se quanto à expectativas de atividade, opiniões sobre o volume de stocks e sobre o volume de vendas.
Nos Serviços – após o crescimento recorde registado em abril de que aqui demos nota “Confiança nos Serviços ao Melhor Nível Desde Maio de 2008” – verificou-se uma evolução negativa das opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas e das apreciações sobre a atividade da empresa.
Em suma, a situação parece estar progressivamente a consolidar-se em termos de confiança a um ritmo moderado. Mais detalhes e análise gráfica no INE.