O Reembolso do IRS em 2016 deverá aumentar. Em termos globais, o volume do reembolso do IRS em 2016 deverá aumentar ainda que esse efeito possa resultar de evoluções muito distintas de acordo com o escalão de IRS anual em que se inclua cada contribuinte/agregado familiar.
Há vários indícios que parecem suportar esta expectativa global de maior volume dos reembolsos. Entre eles destacamos que as novas tabelas de retenção mensal na fonte de IRS 2015 parecerem ficar aquém de refletir mensalmente o impacto das descidas nas taxas efetivas de imposto anual, isto para os escalões que habitualmente contribuem com a maior fatia da arrecadação fiscal. Tal não será verdade entre os contribuintes menos abastados mas sê-lo-á entre os restantes (veja-se a este propósito a opinião da consultora PwC em declarações à Lusa aqui citadas pelo Negócios: “PwC: Maioria das famílias terá menor retenção de IRS em 2015 e maior reembolso em 2016“).
Reembolso do IRS em 2016 deverá aumentar
Este fenómeno pode ainda ser mais expressivo se houver um aproveitamento relativo das deduções à coleta em linha do que foi feito em 2014 resultando o excesso de imposto cobrado mensalmente da própria generosidade adicional nas deduções em vigor em 2015 face às que existiam em 2014. Ou seja, se uma mesma percentagem de contribuintes aproveitar as deduções, a redução de IRS devido poderá ser maior por via das deduções serem maiores em euros de abatimento à coleta. Por outro lado, são poucos os pensionistas que verão as suas reformas mensais aumentar por via de uma descida do escalão na tabelas de retenção mensal de IRS – comparando as tabelas de 2014 e 2015 só os casados em que apenas um declara rendimentos e que receba entre €1.815 e €2.640 brutos/mês pagarão menos um ponto percentual de IRS – o que juntamente com a garantia de que por via da uma maior dedução específica e de acesso a deduções à coleta que até agora os pensionistas não tinham, ou cujo valor aumentou, também pode representar um maior reembolso em 2016.
Em suma, a confirmar-se este cenário, o Estado terá mais dinheiro em caixa durante o ano de 2015 tendo de fazer um esforço mais expressivo do que o habitual em 2016 para devolver o excesso cobrado.