Portugal volta a empobrecer face aos parceiros: só três países estiveram pior

Os dados relativos ao PIB dos 21 países da União Europeia que divulgaram uma estimativa rápida revelam que o crescimento do PIB português entre o segundo e o terceiro trimestre (0,0%) foi o quarto mais baixo deste grupo de países. Apenas Finlândia, Grécia e Estónia tiveram registos piores.

Considerando as variações face a igual período de 2014 a situação e menos ma, mas mesmo assim só sete dos 21 países têm pior registo do que Portugal.

Não surpreende assim que Portugal tenha entrado em novo período de  divergência face à evolução registado quer no grupo dos 19 países da Zona Euro, quer no grupo dos 28 países que integram a União Europeia.

Uma evolução que consideramos particularmente significativa para aferir da situação portuguesa e que temos acompanhado ao longo dos últimos trimestres é a comparação com o nosso principal parceiro: a Espanha. Apesar de Espanha ser o nosso principal importador e exportador de bens e serviços e de a sua situação económica estar um franca melhoria e em contínuo crescimento e aceleração do mesmo, a economia Portuguesa deixou de acompanhar esta evolução e quando partilhou a tendência fê-lo sempre a uma ritmo muito inferior.

Portugal volta a empobrecer face aos parceiros

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No terceiro trimestre, a economia espanhola acelerou o crescimento homólogo de 3,1% para 3,4% sendo agora a 5ª economia que mais cresce só sendo superada por países de leste como a República Checa, a Polónia, a Roménia e a Eslováquia. A portuguesa como já referimos em artigo anterior (ver “PIB desacelera no 3º trimestre de 2015 e põe em risco previsões do governo e da Comissão Europeia“) desacelerou de 1,6% para 1,4%. O diferencial no ritmo de crescimento é assim de mais de 2 para 1 e está a aumentar e, apesar de poderem existir fatores intrínsecos a este desempenho da economia espanhola (setor bancário melhor resolvido, reação a uma forte queda do setor imobiliário e maior dinâmico da investimento) o certo é que a economia portuguesa não está a revelar capacidade de aproveitar na magnitude desejável os incentivos externos que estará a receber .

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