Há um ano, o défice público apurado pelo INE seguindo os critérios relevantes para as contas europeias relativas ao primeiro trimestre de 2014 foi de 5,9%. No final do ano, já com os quatro trimestres decorridos e compensados os efeitos sazonais, o défice do estado fixou-se nos 3,7%.
Para 2015 a meta do défice é de 2,7%, menos 100 pontos base, no entanto, com a difusão pelo INE do défice das administrações públicas relativo ao primeiro trimestre de 2015, parece evidente que no final do ano é agora muito mais provável que o défice fique muito mais perto dos 3,7% de 2014 do que dos 2,7% esperados pelo governo em 2015. É que o défice do primeiro trimestre de 2015 foi de 5,8%, ou seja, praticamente igual aos 5,8% registado há um ano.
Recorde-se que para que Portugal saia do processo dos défices excessivos e possa beneficiar de alguma flexibilidade das regras orçamentais comunitárias é indispensável, com as regras atuais, que o défice fique abaixo dos 3%. Um cenário muito pouco credível depois deste valor Divulgado pelo INE.
Bem, já que está visto que a subida de impostos não resulta, que tal tentarem fazer contas e reduzir a carga fiscal?