Apesar da série cronológica não ser estável (surgiu uma nova série em 2011) é razoável especular que o emprego na administração central está em queda pelo menos desde 2006, inclusive, dado que em ambas as séries se registaram quedas em todos os anos desde 2005.
Centrando-nos na série em vigor e hoje atualizada com os dados provisórios do quatro trimestre de 2013, constata-se que em apenas dois anos a Administração Central perdeu 39.615 trabalhadores, ou seja cerca de 8,6% do total (entre 2011 e 2013), num valor que supera ligeiramente, por exemplo, o atual contingente de todas as forças armadas. A 31 de dezembro de 2013, havia, 419.336 trabalhadores na Administração Central.
Alargando o universo a todas as administrações públicas, a queda entre dezembro de 2011 e de 2013 foi de 8,0%, ou seja, menos 48.971 empregados, totalizando no final de 2013, 563.595 indivíduos.
Neste dois anos, o ministério o que mais trabalhadores perdeu foi o da Educação e Ciência (-27.034) o que representou uma queda de 11,5% do total. Em número de efetivos a menos, seguiu-se-lhe o Ministério da Saúde (-2.635) que perdeu -8,1% da força de trabalho e o Ministério da Defesa nacional que perdeu -2.368, ou seja, -5,7% do total. Ainda no caso das reduções de mais de 2 mil efetivos surge o Ministério da Administração Interna com menos -2.286 trabalahdores, ou seja -4,7% do total. Nenhum ministério aumento de efetivos nos últimos dois anos, destacando-se o Ministério das Finanças como o que perdeu menor proporção de trabalhadores 2,4% (230 efetivos).
Fora da Administração Central destacam-se os municípios que perderam -7046 trabalhadores entre 2011 e 2013 (-6,7%) e os Serviços e Fundos Autónomos (-3157 que corresponderam a menos 3,3%).
Todos estes dados e muito mais podem ser encontrados em suporte de folha de cálculo na página das estatísticas da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público que hoje divulgou os dados provisórios relativos ao 4º trimestre de 2013.